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Poesias-->30. TIRO CERTEIRO -- 02/01/2004 - 07:27 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Paralisam-se meus dedos,

Nesta hora de escrever:

São fortíssimos os medos,

Ao cumprir o meu dever.



É que usei demais na Terra

Caprichosamente os termos.

Quem não pensa muito erra:

Fui curtir males nos ermos.



Hoje volto penitente,

Temeroso do porvir.

Tenho de falar à gente

P ra poder evoluir.



Não pretendo ser perfeito,

Posto queira ser bem útil.

Coração bate no peito,

Com medo de tema fútil.



Vou dizer, então, a todos

Que se cuidem todo dia:

Se lírios nascem nos lodos,

Na dor, a fé brotaria.



Sinto fraca a inspiração,

Mas pude dar um recado.

Foi dado de coração.

A todos, muito obrigado!



Outro tema, finalmente,

Poderei inda escrever.

Vamos ver como é que sente

Quem deseja bem-querer.



Quero ser reconhecido,

Mas não posso declarar

O carma que hei vivido

Nos balcões daquele bar.



Quase sempre os meus amigos

Desconfiam do escrevente,

Que enfrenta grandes perigos,

Para atender toda a gente.



Imaginem que comigo

Não foi nada diferente:

O balcão não foi abrigo

Para um freguês descontente.



Não quis pagar a despesa

Das bebidas que tomou.

Foi grande minha surpresa,

Quando o danado atirou.



Foi um tiro bem certeiro

Que minha vida levou,

Colocando um paradeiro

Nos sonhos de quem matou.



Tinha o sujeito família,

Porém, foi preso em flagrante.

Venderam toda a mobília,

Mas a paz não se garante.



No começo, até pensei

Que foi bem feito p ra ele.

Porém, reconsiderei,

Ficando com pena dele.



Foi aí que descobri

A tarefa redentora:

Se estou bem agora aqui,

É que a meta esse bem fora.



Mas nunca pensei em mim,

Só noutros seres humanos.;

Às dores busquei dar fim,

Explicando os seus enganos.



Trabalhei com muito ardor,

Não dei folga p ro cansaço,

Pois quem quer ser protetor

Tem de ter nervos de aço.



Meu amigo vive ainda,

Mas já prescinde de mim,

Embora seja bem-vinda

A vibração não ruim.



Tento passar aos leitores

Os esforços dos meus atos.

Meus quadros têm poucas cores,

São pálidos meus relatos.



Sei não estar conseguindo

Obra alguma de valor,

Embora eu ache bem lindo

O verso que fiz co amor.



Penso que estes meus leitores

Sejam almas bem comuns,

Às voltas co as mesmas dores

Que sufocaram alguns.



Por isso, não me preocupo

Em dar-lhes uma obra d arte:

Se sofrer algum apupo,

Não virá de toda parte.



Se foi com dificuldade

Que acenei com estes versos,

Saibam da felicidade

Por não serem controversos.



Não quis pecar por ação,

Conforme disse de início.;

E não foi por omissão

Que incentivei algum vício.



Agradeço ao escrevente

Ter-me aturado bastante.

Tenha Deus pena da gente,

Permita seguir avante.



Faço, portanto, esta quadra

Somente p ra terminar:

Quero ver se nela enquadra

Este exercício de amar.



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