Sonhemos com um destino
De amor, de glória, de paz.;
Para Deus cantemos hino
De excelsitude, rapaz.
Aceitemos compromissos
Que nos tragam a esperança
De prestarmos bons serviços
Ao velho, ao pobre, à criança.
Só assim progrediremos
Na aventura do infinito.;
Contudo, jamais deixemos
Escapar da boca um grito.
Sintamos forças nas mãos
Caminhemos decididos:
Abraçados aos irmãos,
Os males serão vencidos.
Vamos amar, com ternura,
As mulheres mais queridas.
Seja doce esta ventura:
Vamos dar ao mundo vidas.
E às irmãs que nos seguirem,
Com seu coração em festa,
Para muito progredirem,
Será bem pouco o que resta.
Tenhamos fé em Jesus,
Sigamos os seus ensinos:
Serão caminhos de luz
Os nossos férteis destinos.
Entoemos, finalmente,
Canções de agradecimento
Aos protetores da gente,
Intérpretes do tormento.
Eis aí, bons amiguinhos,
Argumentos ponderáveis,
P ra compreender os espinhos,
Para sermos mais amáveis.
Revigoremos a prece
Que rezamos toda hora,
Já que a vida nos parece
Muito mais feliz agora.
Por certo, nossos amigos
Terão compreendido a rima.
Os poetas mais antigos
Retornam com grande estima.
Sentimos, na voz do povo,
Muitos “raps” com sentido:
Volta a poesia, de novo,
A receber incentivo.
Se você disser os versos
Nesse ritmo mais jovem,
Tomam sentidos diversos
Os textos que nos comovem.
Mas ajamos com prudência
P ra não despertar a fúria
De quem comete a imprudência
De nos lançar forte injúria.
Coloquemos as virtudes
Em todas as atitudes
Ressaltadas como boas,
Mas acusemos os vícios
Que causam os malefícios:
Construamos as pessoas.
É bem esse o objetivo
Deste cristianismo vivo
Que os espíritos retratam.
No tempo estamos suspensos,
Mas não se agitam os lenços:
Nossos laços não desatam.
Queremos oferecer
Nova visão do dever
Como roteiro de vida.;
Mas tudo com alegria,
Com amor e com poesia:
É Jesus quem nos convida.
Cantemos eternamente,
Sufocando em nossa mente
As revoltas contra as dores.;
Compreendamos a harmonia,
Pois Jesus por bem queria
Que fôssemos servidores.
Achamos que tudo vem
Pelo simples querer bem
De que somos possuidores.;
Jamais haverá, na vida,
Uma pessoa querida
A julgar-nos inferiores.
Se temos amor p ra dar,
Quem é que nos vai julgar
Representantes do Inferno?
Vamos falar bem às claras,
Que tais falas não são raras
Para quem fala do Eterno.
Bem aqui ficamos nós.;
Vamos calar nossa voz,
Na hora da despedida.
Peçamos a Deus somente
Que abençoe a toda gente,
Em seus projetos de vida.
Ao “compadre” Wladimir,
Nós também vamos pedir
Graças ao nosso bom Pai,
Pois sabemos, fartamente,
Que ele ora pela gente,
Nesta hora em que se vai.
Com um pouco de paciência,
Sem demonstrar renitência,
Mais um sexteto faremos,
Para dizer, simplesmente,
Que o dia foi excelente:
Sincronizamos os remos.
Se ficar mais um pouquinho,
Receberá o carinho
Desta equipe reunida,
Que vibrará em conjunto
Desejando que este assunto
Não seja rota batida.
O escrevente olha o relógio
E pensa no necrológio
Dos que assinam este texto.;
Já não gosta da gracinha
E quer saber a que vinha
Este tema por pretexto.
É que julgamos ter sido
Bem pouco desenvolvido
Este nosso treinamento.
Pelo adiantado da hora,
Vamos partir, sem demora,
Marcando o nosso lamento.
Que pensa disso o irmão:
Será pura afobação
De quem seu tempo perdeu?
Pois fica agora anotado
Que tem ele nos julgado
Com ideais de plebeu.
Talvez, se fossem mais nobres,
Se não fossem rimas pobres,
Ficaria mais contente.
Mas, diante desta forma,
Nosso médium se conforma:
Precisa ser bem clemente...
Agora é definitivo:
Eu vou ser objetivo,
Ao dizer o nosso adeus.
Fique em paz o nosso amigo,
Não queira brigar comigo,
Nem com qualquer um dos meus.
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