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Artigos-->BIC PRADO, SERTANEJA E O LIVRO VERMELHO DA TERRA -- 14/08/2023 - 11:09 (LUIZ CARLOS LESSA VINHOLES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

BIC PRADO, SERTANEJA E

O LIVRO VERMEHO DA TERRA

 

L. C. Vinholes

20230813

 

Não é demais recordar que a Biblioteca Comunitária do Condomínio Mansões Entre Lagos (Comel), um projeto concretizado, foi idealizada no final de 2008, abriu suas portas em 2011 e hoje tem acervo bibliográfico com mais de 26.000 itens doados por significativa maioria dos condôminos, moradores, autores e instituições federais e privadas, atendendo a um público de diferentes faixas etárias e com interesses diversos que, cotidianamente, se faz presente para estudar e pesquisar, com notbook e laptop, ocupando as mesas da ampla varanda com vistas para a chácara onde são cultivadas couves, alfaces, rúculas, cenouras, rabanetes, mandioca, cheiro verdes, nos sábados pela manhã, gratuitamente distribuídas a quem venha recebê-las.

 

Embora a Biblioteca do Comel, nos seus quase 12 anos de existência, sempre esteve preparada para atender às mais específicas consultas e para promover eventos e exposições sobre temas plurais, só agora, no início de julho de 2023, que seu espaço acolheu, pela primeira vez, o lançamento de um livro de poemas.

 

O Somos Entre Lagos, ativo grupo de voluntária(o)s criado em 21 de fevereiro de 2020, como “um canal de escuta e trocas’, hoje com 109 participantes, no TBT de 10 de julho, informa que, na tarde de sábado dia 5, “a varanda da biblioteca do Comel pulsou lindamente com o lançamento” da antologia intitulada O LIVRO VERMELHO DA TERRA, de Bic Prado, e complementou dizendo que “teve recital de poesia, teve declaração afetiva, teve comida farta (já que cada um levou um quitute), teve celebração por termos um espaço comunitário tão especial em nosso condomínio”. Finalizou com um “que venham outros saraus” e dando um “Salve os escritores do Comel!”. A notícia foi ilustrada com foto registando o momento em que recebo o exemplar da nova antologia, com dedicatória assinada pela autora, e quando sou presenteado com um exemplar da antologia POEMAS DE UM LIVRO VERDE, publicada em 2010, a primeira coletânea de poemas de Bic Prado.

 

O LIVRO VERMELHO DA TERRA inicia com quatro parágrafos assinados pela autora, a saber:

 

“De mim, nem sei, mas a poesia casa comigo e como não? Eis que agora nasce este segundo livro de poemas, pela SEMIM edições, com ilustre capa, nas terras vermelhas dos cupinzeiros de Elyeser Szturm e na icástica borboleta de Fernando de Castro Lopes, ei-lo!

O título, O LIVRO VERMELHO DA TERRA SERTANEJA, foi inspirado no poema ´Sertaneja´ (pg. 33) que é uma releitura do poema “No Morro Atrás da Mata”, (pg. 63) do livro Poemas de Um Livro Verde, publicado há 13 anos, na coleção OI POEMA, sob liderança do poeta Luís Turiba.

Os temas ambientais, que tanto me aturdem e ao mesmo tempo, a natureza exuberante e forte que tanto me encanta, estão registrados em poemas brincadeiras e poemas lamentos.

Que estes versos possam chegar a muitos lugares, tocando corações, em vislumbres de desafogos e esperanças”.

 

Antecedendo as páginas do Sumário, com a relação dos sessenta e nove poemas, encontramos o artigo Firmeza e Carícia, de 1978, assinado por Marcos Fabrício Lopes da Silva, poeta e crítico de Arte Literária que, no início do primeiro parágrafo, faz o seguinte comentário: “A função da crítica não é somente descobrir o talento individual de certos poetas, romancistas e dramaturgos; é, também, detectar as relações entre essas fabulações literárias e a realidade social e política que expressam ao transformá-la, o que há nelas de revelação e descoberta, e, portanto, de queixa e protesto. Estou convencido de que a boa literatura é sempre subversiva”.

 

Na bem elaborada e ilustrativa foto ´Belezas do Comel´, no WhatsApp do dia 9, em tipos vermelhos, foi divulgado o poema que aqui transcrevo e que consta da página 48 da antologia:

 

De pétalas em pétala

Do pó ao pólen

 

A flor

Nos

 

Cabelos

Nas

Mãos

Nos

Pés

 

Chuva

De

Flor

 

 

É mister esclarecer que Bic Prado, moradora do Comel, é pseudônimo da poeta que, na última página da sua primeira antologia, compartilha dados “sobre a autora”:

 

“Nasci em Brasília, Fabiane Prado Silveira, sou conhecida por Bic e adotei o Prado em homenagem a meu avô, Onofre, Pioneiro. Este meu primeiro livro surge a partir de temáticas ambientais, revelando momentos simples e cotidianos da cidade e do campo. Brasília tem este aspecto muito peculiar de cidade verde. Nascida aqui, tento compreender a influência dessa extensão bucólica em nossas vidas, suavizando a urbanidade da cidade ampla e moderna. Bacharel em Interpretação Teatral e Licenciada em Artes Cênicas, busco elementos cênicos para minhas intervenções. Vários poemas procuram seus ritmos nas palavras, foram criadas melodias, algumas inspiradas em embriões melódicos e aves silvestres. Meu trabalho busca o envolvimento e a participação direta com o púbico e o compartilhar de ideias e reflexões sobre a vida. Desenvolvo uma temática infantil, buscando valores de transmissão de conhecimento através da linguagem poética. Pretendo assim desenvolver uma linguagem universal, que possa ser compreendida por várias gerações de leitores. A poesia de todas as cores, com linguagem simples, que conta um pouco da minha relação com a cidade e com o campo. Inspiração também na arte musical de Brasília, no Choro, nas Danças de Roda ou simplesmente nas maravilhosas Árvores ancestrais da cidade e em seus habitantes”.

 

Para este artigo não ficar incompleto, registro que, no animado sarau do primeiro sábado de julho, estiveram presentes os poetas José Sóter e Wagner Campos, ambos residentes no Comel, o primeiro, da Geração Mimeógrafo de Brasília, e o segundo ex-funcionário da Agência Brasileira de Cooperação do Itamaraty onde, por um período, fomos contemporâneos.

 

Augurando que os eventos da varanda da Biblioteca Comunitária do Comel se repitam e se multipliquem, finalizo como finalizou o TBT do dia 10: que “venham outros saraus”.

 

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