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Poesias-->MEU HOMEM -- 13/10/2000 - 14:13 (Lílian Maial) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Meu homem são muitos

São brancos, são negros,

São louros, morenos,

Bem altos, baixinhos,

São atletas, franzinos,

Diplomatas, bandidos,

Arrogantes, tímidos.

São reis, czares, imperadores,

Ou vivem numa câmara de horrores.

Meus homens a mim pertencem

E obedecem cegamente

Cegos que estão de paixão!

São rudes, exalam o cheiro do campo,

Da rocha mais dura,

Da flor mais pura,

Da mão calejada da vida segura.

Também são gentis,

De versos banais,

De cores pastéis,

De óculos intelectuais.

Mas podem ser assassinos

Dos sonhos de vida a dois

Comendo feijão com arroz

Nos pratos feitos do amor.

Talvez preferisse os magos,

Os esotéricos, os ciganos,

Fugindo ao amanhecer dos planos,

Sem rumo, nem barco, nem futuro,

Vivendo um momento obscuro,

Buscando nos astros seu guia.

Não é todo dia que se encontra comigo

Mas sente em mim um perfeito abrigo

Onde recostar a cabeça e dormir.

Não, meu homem é fera primitiva

Que monta e cavalga a mordidas

Que esfrega a barba na barriga

E provoca espasmos na garganta.

Me puxa os cabelos, me levanta

Me senta em seu colo suado

Me prova, me acende, me bate

Me arranca urros em combate

Me vence e me deixa vencer.

Grande engano! Meu homem é cavaleiro

De espora e armadura de prata

Cavalo branco, despontando na mata

Me apanha no galope e some

Me consome, com pão e vinho

Me alisa, me faz carinho

Faz de meu corpo um caminho

E de meu gozo a chegada.

Meus homens são todos e um só

De quem vim da costela e pra onde vou pó

Dividindo meu leito,

Multiplicando meu canto

Aos quatro cantos do mundo

Pra depois, num segundo

Explodir em lágrimas de adeus

Ou em jatos de amor

E seja lá como for

É só meu.



LÍLIAN MAIAL

http:/www.geocities.com/lilianmaial
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