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Poesias-->26. O BÊBADO E O ESPÍRITA -- 29/12/2003 - 11:20 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Conheci um bom amigo

Que bebia por prazer,

Mas tinha um grande inimigo:

Suas horas de lazer.



Aproveitava os momentos

Em que folgava na vida

Para alguns golinhos lentos:

— “Não fará mal a bebida!”



Eis que, então, se aposentou

E os momentos tão fugazes,

Em que não se embriagou,

Tornaram-se mais vorazes.



Toda hora era motivo

Para uns goles de cachaça.;

Já não tinha objetivo:

Achava a vida sem graça.



Assim morreu meu amigo

De fatal cirrose hepática:

Jamais se pôs ao abrigo

Da cachacinha simpática.



E eu pensei aqui comigo:

— “Que fiz de tão importante

Que deixei morrer o amigo,

Bem ali de mim diante?...”



Hoje curto um bom remorso,

Pois me vi arrependido

Por dizer: — Jamais eu forço

Quem está tão resolvido...””



Se pequei por omissão,

Foi bem forte a minha culpa:

A mim cabia a missão

De frustrar-lhe a má desculpa.



No entanto, titubeei,

Não fui firme na Doutrina:

Conhecia e não falei

Qual seria a sua sina.



Este parêntese eu abro,

Pois é grosso o descalabro

De quem sabe e não pratica.

Está o amigo ao meu lado,

Vivendo muito ansiado,

Buscando da pinga a bica.



Assumi o compromisso,

À custa do próprio viço,

De manter-lhe a rédea curta.;

Já não lhe faltam conselhos

Tirados dos Evangelhos:

Espero que algum bem surta.



Em breve, irá reencarnar.

Deverei acompanhar

As peripécias da luta,

E, ao dar-lhe proteção,

Estenderei minha ação

A quem usar força bruta.



Falhei, clamorosamente,

Ao pensar, inutilmente,

Em responsabilidade.;

Se o arbítrio livre era,

Não se compreende essa espera

De exercer minha vontade.



Tomei hoje a decisão,

Com amor no coração,

De vencer a minha lida.;

Mais tarde, irei, certamente,

Constatar-me bem mais crente

Da ajuda na minha vida.



O ciclo, assim, se completa,

Se o meu amigo não veta

A minha resolução.;

É o que, insistente, lhe explico,

Pois deve fechar o bico

P ra qualquer reclamação.



O que é feito por Jesus

A todos nós nos conduz

Na estrada da perfeição.;

Só é preciso paciência

E um pouquinho de ciência,

P ra lograr satisfação.



Nas ondas do socorrismo,

Tenho agora o meu batismo,

Embora me sinta cru.;

Mas, diante dos amigos

Envolvidos em perigos,

Não me importa estar tão nu.



Vou fazer quase o impossível,

Pois não julgo seja crível

Estar sozinho na luta.;

Se ofereço este meu manto,

Tão despojado de encanto,

É que sei que alguém me escuta.



Formemos uma corrente,

Unidos bem fortemente,

Nos fluidos universais.;

Desta forma, iremos ter

Um enorme bem-querer,

Que não se desfaz jamais.



Será tão bela a harmonia

Que as frases desta poesia

Alcançarão importância.

Cravos, rosas e jasmins

Darão cores aos jardins,

Em finíssimas fragrâncias.



Ao sabor da melodia,

Há de findar nosso dia,

Em plenitude de amor.;

Renascerá a esperança,

Na caridade que avança

Na fé de Nosso Senhor.



Hosanas vamos cantar,

Erguendo taças ao ar,

Cheias de pura ambrosia,

Pois jamais será pecado

Um gole santificado

Pela mais doce alegria.



São versos um tanto rudes,

Mas contêm boas virtudes:

São puros os sentimentos,

Pois, na busca da verdade,

Conta pouco essa vontade

De certos burilamentos.



Se é feliz nossa poesia,

Enchamo-nos de alegria,

Fique a perfeição de lado:

Se é imperfeita a nossa alma,

É fácil levar com calma

Tudo o que estiver errado.



Sendo assim, não há por que

Dizer que só crê quem vê

Os lampejos do sublime.;

P ra nós, qualquer coisa serve,

Tenha muita ou pouca verve:

Basta só que o termo rime.



Eis que, enfim, chegamos lá,

Deixe tudo como está,

Não sofra do coração.;

Se é bem simples a poesia,

Busque ver na melodia

Lampejos da perfeição.



Deus escreve bem direito

(Não haveria outro jeito),

Mesmo estando a linha torta.;

Se estes versos tão perversos

Atravessam universos,

Baterão à sua porta.



Vamos, então, bendizer,

Com enorme bem-querer,

A pequena produção.;

Se não temos grande voz,

Que se destine p ra nós,

Bem simples, um cantochão.



Querido amigo poeta,

Transformando-se em atleta

A disputar Olimpíada.;

Sinta-se no Paraíso:

Se você tiver juízo,

Verá nisto uma “Ilíada”.



É hora da despedida,

Nossa meta está cumprida.

Graças a Nosso Senhor,

Que deu luzes aos bestuntos

Que aqui trabalharam juntos,

Com fé, paz e muito amor.



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