Mini- Conto II
Maria do socorro c. xavier
Maria não cabia em si de emoção. Amava, tinha saudade, do amado que nem sempre estava ao seu lado.
Queria ardentemente ficar junto, mas sempre havia impossibilidade.
Maria transmutava a todos que encontrava, derramando alegria efêmera ou salutar; fazendo presente a ausência do amado.
Dilatava o olhar, sorria, sob a vertigem de um dia ir ao encontro daquele amor. Queria esquecer as barreiras divergentes. Mas mesmo assim ficava hesitante: ir ou ficar tristemente? E se for rejeitada?
Maria busca-o desesperadamente, rompendo grilhões, apagando coerções, sem nunca fisicamente o ter, o encontrar. Ficava saboreando o encanto febril daquela paixão, que não valeu a pena, - pois João havia a trocado por outra.
Assim é a vida: nunca se deve procurar a felicidade, o amor em outrem. Depender tua vida da do outro. A felicidade está dentro de nós mesmos. Temos que nos amar primeiro, para depois amar o outro.
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