As tuas mãos são como pérolas
de ostras profundas, porém
as tuas mãos são quentes...
Tu que vens de entranhas
do mar etéreo, que beija as praias
com espuma branca...
trazes em teus seios a lenda
de todos os séculos,
nos teus pés o futuro.
Tu és a legenda de ouro e,
é bem amada...
vem dum mundo eternal,
para tantos outros
és universal.
Tu vais à lua buscar quem te ama e,
nas nuvens o adormece
cantando as cantigas de ninar...
tu és estátua muito antiga,
mas de ventre prolífico,
nas ondas dos ares tu andas,
juntos com teus filhos e teu amado.
Conversas no fundo do mar,
com um peixinho de ventre dourado e,
as estrelas invejam a tua beleza.
Vens correndo pelos montes,
caminhando pelos vales,
navegando em oceanos,
plantando idéias, colhendo imagens
dos poemas que te eternizarão.
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