Quando eu penso em você,
Sinto muita falta da sua argúcia.
Dói-me lembrar de sua voz,
Ainda ecoa em meu peito, o seu riso.
Quando eu penso em mim,
Pergunto-me: “por quê tanta história
Que eu poderia ter vivido, não vivi?”.
Quando eu penso em nós,
Lembro de tantas divergências,
Caminhando em convergências,
Finalizando em vetoriais ... contrárias?
Eu acendia uma luz,
Você a apagava.;
Eu abria uma porta,
Você a fechava!
Quanto dói pensar em você,
E desejar o que você me negou!
Como arde o fogo já apagado
De uma paixão que você selou!
Quanto custa pensar em mim?
O preço de um telefonema, uma carta?
Procurar e nunca ser procurada...
Quanto vale pensar em nós,
Em tudo o que foi planejado,
Sonhos fabricados em papel
Escritos apenas por mim ... para mim?
Caminhei para o seu abraço,
E seus braços você cruzou,
Nem em meu rosto você olhou!
Como encontraria um mago,
Feito de fumaça de ilusões?
Então, abandonei esse romance
Que jamais, sequer começou, e, mesmo assim...dói!
SP 08/10/03
Claudia O H
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