Usina de Letras
Usina de Letras
135 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62214 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50608)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->Marina responde - 3 -- 20/03/2005 - 17:14 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cordelando com Airam – 3
Por Marina – 24/11/04

Amigo se lhe meti
Alguma preocupação
Sobre o dicionário
Não foi minha intenção.
Gostei mesmo do presente
Foi brincadeira inocente
Aquela interrogação.

Desfeito não me causou
Já está encerrado
Este pequeno assunto
Por hora está explicado.
Não sinta se ofendido
Faço-lhe este pedido
Fique despreocupado.

Da perfeição tô longe
Tenho muito que aprender
Todo tanto é pouco
Extenso é o saber.
A vida é uma lição
Que necessita atenção
Para se compreender.

Aliás, por falar nisso:
Você vai ter que contar
Quem foi a dita cuja
Que foi aí fuxicar
Pregando-lhe um cartaz
Sobre este tal rapaz
Que está a me encontrar.

Confesso nem eu sabia
Esta foi até surpresa
Mas agora amigo,
Ponho as cartas na mesa
Minha caneta não mente
Esta lorota é quente
Tenha esta certeza.

O povo não agüenta
Ver a pessoa quieta
Quando desdobra a língua
Não sai nada que presta
Inventa um futrico
Fazendo reboliço
Assim é coisa certa.

Deixemos este ponto
Noutro vamos avante
Lendo então seus versos
Achei interessante
Sua história de vida
Em linhas resumidas
Tudo emocionante.

Disse grande verdade
Sobre o empregado
Peão de hoje em dia
Ta desinteressado
O salário ta ruim
Fica pensando assim
Querendo bom ordenado.

Assim o camarada
Da sua propriedade
Esquecendo do quintal
Deu prova da verdade
Do pomar se descuidou
A formiga carregou
Tudo sem piedade.

Este cabra folgado
Pensando só no dinheiro
Não deu conta de matar
A formiga no terreiro
Arriscou-se o danado
De também ser carregado
Para o grande formigueiro.

Só assim aprenderia
Fazer bem o mandado
Mataria o inseto
Mudando o resultado
Vingaria o pomar
Que você foi lá plantar
Com todo seu cuidado.

Airam a sua visita
Bastante nos alegrou
A cafezinho puro
Conosco você tomou
Agora cê trás seu par
Venha aqui almoçar
Pois o patrão convidou.

Será uma coisa boa
Venha provar do feijão
E falar mais um pouco
Da vinda lá do sertão
Traga esta alegria
Vindo aqui um dia
Com sua esposa então.

Você naquele dia
Falou do pau-de-arara
De um tempo perdido
Que outro não separa
Cicatrizes da vida
Mostrando a ferida
Dessas que nunca sara.

Cada um neste mundo
Carrega o seu fardo
Uns sustêm a fortuna
Outros só desagrado
Mas Deus é o Criador
Conhece toda a dor
De seu filho amado.

Um pouco da minha vida
Ainda vou lhe contar
Agora chegou a vez
Contigo não vou falhar
Aqui dentro da memória
Está toda a história
Dos anos que vi passar.

Formei em magistério
Após tal ocasião
Viajei pra capital
Com aquela intenção
De por lá mesmo ficar
Um trabalho arrumar
Essa foi a condição.

O trabalho arranjei
Cumprindo o meu anseio
Em Belo Horizonte
Morei um ano e meio
Apesar da multidão
Naquela agitação
Nada me deu receio.

Mas cê sabe amigo
Deus é quem faz o plano
Quem ta ciente disso
Sabe não tem engano
Só sentia me apertar
À vontade de voltar
Naquele mesmo ano.

Estava bem empregada
Naquela grã cidade
Estava muito certa
Desta realidade
Mas veja só no que deu
Não coube no peito meu
A enorme saudade.

Da idéia não saia
À vontade de ficar
Mas o coração pediu
Não o quis contrariar
Pensei na maravilha
Em rever a família
Então resolvi voltar.

Perdi uma das irmãs
Claudia era seu nome
Esta lembrança forte
Da cabeça não some
Vi a última hora
E a morte senhora
Que os todos consomem.

Era ainda jovem
Uma adolescente
Tinha quatorze anos
Quando infelizmente
Deus quis a levar
E dela aliviar
Aquela dor pungente.

Foi há dez anos atrás
Ainda me lembro bem
Aquela situação
Que nos fez sofrer também
Uma menina louçã
Tão linda minha irmã
Um anjo igual não tem.

Nasceram cinco filhos
De meus pais a geração
Cláudio foi o mais velho
O meu único irmão
Agora somos só três
O Cláudio teve sua vez
Mas Deus levou-o então.

Estas são grandes perdas
Que mexem com a gente
Só quem já perdeu alguém
Sabe a dor que sente
É complicado falar
Sem conseguir expressar
A face comovente.

Findo meu comentário
Sobre o que se passou
Você daí ta ciente
Do que também comentou
Lembranças á família
Aos que estão em Brasília
Um abraço também dou.

Portanto amigo meu
Quero lhe aconselhar
Que tente mais outra vez
Fazer um novo pomar
Leve a formicida
Para ser a comida
Da formiga carregar.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui