CRISTO REDENTOR
(Maria Hilda de J. Alão)
Na fogueira do pecado te queimaste
por caminhos espinhosos enveredaste,
Esquecendo o Deus que tanto amaste,
Embriagando-te de ilusões na taverna
Do erro, cujo sopro apagou a lanterna
Da luz da razão que a vida governa.
Náufrago na solidão de bravios mares
Tentas afogar teus acumulados pesares
Buscando o conforto aos pés dos altares,
De onde possa jorrar pura água nascente,
Do amor dos céus sempre presente
Que te restitua a esperança, a fé ausente.
E se a força da sincera oração soma,
Incensa tua alma com esse doce aroma
Para que este sentimento venha à tona
Cingindo-te, como véu, da cabeça à cintura,
Com a luz do Cristo Redentor que fulgura
Mais que brilhante de quilatação pura.
20/12/03.
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