Olhos dobram o Cabo da Boa Esperança.
Vastidão de luzes imensas,
Violentas suspeitas sobre os teus os ombros,
Saudações da Terra Prometida.
Moças colhem as maçãs de linho e seda,
Cozem toalhas de abrandar lágrimas.
Magia, letargia, meu mundo olha-se em espelho côncavo.
Este Portal está menor do que de costume.
Entremos.
Terra úmida como nunca esteve.
A música brota dos arbustos.
Pés de mulher madura,
Beijo-os sem qualquer embaraço.
Disseste que o mundo era abismo,
Que o retângulo engolia o mar.
Que a tua terra girava em torno de ti.
O Gigante não aprecia visitas inesperadas.
O Sol não aceita ser coadjuvante.
Sorte a minha,
Que a noite sempre cai.
Bom para ti,
Que o dia sempre raie.
Feche a porta.
Ingira a chave.
Nunca mais,
Olhe pela fresta.
Olhos desdobram a esquina de casa.
Pisa em mim, agora,
Que sou o jardim das minhas fantasias.
Sou a ave mais alta.
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