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Poesias-->CONTEMPLAÇÃO -- 18/12/2003 - 14:43 (Ricardo França de Gusmão) |
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Cumpro tragetória de partícula
beirando-te levemente à distância
tamanha são as possibilidades
de contato permitido pelo seu corpo
na confluência do toque.
Naufrago
no diálogo que se estabelece
a partir da troca de calor
a flor da pele morena que brota fonte
do teu seio a pouco tempo proibido
no exílio perdido de tua face menina.
Menina.
Me nina sob a fronha do teu corpo
morno
que repousa frágil no tecido fino
da minha carência.
Manhã fixa teu rosto lembrança
na ausência
doce frequência no vento frio
proveniente da tua falta.
Careço.
Noite respiro, anoiteço.
Quedo perpendicular
nesse estado e contemplação.
Sofro no coração
as dores dessa fratura exposta.
Porém, um dia, nascerá do teu ventre a resposta
que, em sonho, passei minha vida escrevendo:
as letras do teu nome,
soltas no vento dessa falta.
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