Usina de Letras
Usina de Letras
118 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62159 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22530)

Discursos (3238)

Ensaios - (10345)

Erótico (13567)

Frases (50571)

Humor (20027)

Infantil (5422)

Infanto Juvenil (4752)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140790)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->15. CONFIANÇA EM DEUS E AUTOCONFIANÇA -- 18/12/2003 - 07:49 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Para receber, em graça,

As bênçãos do Criador,

Só um caráter sem jaça,

Banhado de puro amor.



Mas se formos mais modestos

No ato de receber,

Basta que sejamos lestos

Nas artes do bem-querer.



Mesmo assim, por caridade,

Nada tendo a oferecer,

Bastará boa vontade,

P ro Senhor nos bendizer.



Pobres seres ignorantes

Que não têm nenhuma crença,

Estando de Deus distantes,

Recebem a sua "bença".



É que todos são seus filhos,

Independente das crenças:

Para acender os rastilhos,

Não existem diferenças.



Tendo dito essa verdade,

Não trouxemos novidade,

A não ser por serem versos.

Deus é pai de toda a gente:

Jamais é indiferente

Com os filhos mais perversos.



Explore-me, caro amigo,

Pode até brincar comigo,

Durante este treinamento,

Pois gosto de desafios

E das correntes dos rios,

Sob risco de afogamento.



Não quero "rasgar o verbo"

Com algum espinho acerbo,

À moda dos literatos:

Seria vaidade tola

A multidão toda pô-la

De surpresa — estupefatos.



Eu não quero dar trabalho:

Só quero "quebrar o galho",

Em versinhos simplesinhos.;

Entretanto, é bom saber

Que cumpro com meu dever,

Até sem os tais "espinhos".



Quando se tem esperança,

Cresce-nos a confiança

De realizar algo bom.

Havemos de ter coragem,

Ao enviar a mensagem,

Ainda que neste tom.



O que muito nos preocupa

É nos manter na garupa

Deste "cavalo" fogoso,

Que de nós muita vez foge,

Com medo de que se aloje

N alma sua algo doloso.



Freqüentemente, desponta,

Correndo por sua conta,

Certo verso misterioso:

É que não fica contente

Com o mister de escrevente,

Que reputa doloroso.



Entretanto, quando quer,

Vem p ro que der e vier,

Enfrentando este alvoroço.;

E fica feliz da vida,

Na hora da despedida,

Mergulhado até o pescoço.



Sabemos ser permanente

O poema que apresente

As lições mais proveitosas.

Por isso, vamos treinando,

Às nossas estrofes dando

Umas cores mais vistosas.



Algum dia, chegaremos,

À custa de nossos remos,

Em algum porto seguro.

Fugindo até da gramática,

Numa linguagem bem prática,

Vamos descer deste muro.



Por enquanto, manteremos

Bem afastados os demos,

Que provocam tentações.

Conservemos o padrão

No ritmo do coração,

Na força das orações.



Sofre um pouco este escrevente:

Não atina de repente

Com as nossas intenções.

Fica, então, a ruminar,

Pena suspensa no ar,

Qual a melhor das versões.



Mas é raro que aconteça

Que a rima não apareça,

Finalmente, em seu bestunto.

Falando bem seriamente,

É muito raro o escrevente

Que escreva conosco junto.



Se quiser ser consciente,

Há de aceitar que esta gente

Lhe dê um certo trabalho,

Pois nem tudo cai do céu,

Quando existe aquele véu

Com o qual eu me atrapalho.



Veja só que maravilha:

Já temos enorme pilha

De quadras e de sextilhas.

As ondas do verde mar,

Num puro ato de amar,

Vêm beijar as nossas quilhas.



Sabemos ser perigoso

Obter um forte gozo

Na arte de fazer versos.;

Mas nós sempre arriscaremos,

Pondo força nestes remos,

P ra atravessar universos.



O médium já se impacienta,

A pressentir a tormenta

Que se forma no horizonte.

Quer dizer-nos que já basta,

Que nossa obra é bem vasta,

Que de versos tem um monte.



O que ele quer é poesia,

Algo que dê alegria,

Ou que provoque emoção.

Ao pensar sobre esse assunto,

Como somos um conjunto,

Acho que tenha razão.



Não refuga o treinamento,

Mas julga que este momento

Possa ser aproveitado

Por algum mestre de nome

Cujo tempo não consome,

Com tão singelo ditado.



Porém, saiba que estes versos,

Que parecem tão perversos,

Também exigem reservas:

Havemos de ter virtudes

P ra demonstrar atitudes

Que se prestem como servas.



Vamos deixar rascunhada

Mais uma estrofe acanhada

Das que sabemos fazer:

Usar de simplicidade

É rejeitar a vaidade,

É demonstrar bem-querer.



Não pensem que temos sido

Pelo médium ofendido

Nem sequer desafiado.

Às vezes, por brincadeira,

Afastamos-lhe a cadeira,

Mas jamais caiu sentado.



Queremos dar nosso adeus,

Sob as graças do bom Deus:

Foi assim que começamos.;

Pois todos nós que existimos

Temos de sentir nos imos

O amor que lhe dedicamos.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui