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Cordel-->O CARRO DO OSCAR -- 16/03/2005 - 04:21 (joão rodrigues barbosa filho) |
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O carro do Oscar
Era bem incrementado
Vivia ele a se gabar
De ser o mais equipado
E nele só podia entrar
Quem já fosse vacinado
Tinha pneu faixa branca
No pára-brisas babado
No volante grande tranca
Não o queria roubado
Ali não entrava criança
Também não entrava viado
Os faróis tinham pestana
Um toca fitas de rolo
Free way para potranca
O carro era um estouro
E no final da festança
O Oscar virava um touro
Tinha pintura sintética
Mas um só carburador
Sua cor era apoplética
Causava grande furor
Já da era cibernética
Um bom padrão furta-cor
Com os bancos de tergal
Painel de madeira revestido
Ali só entrava um pau
O resto só de vestido
Era um tempo sem igual
Não havia travestido
As rodas do bicho calçavam
Uns baitas pneus balões
Da carcaça ultrapassavam
Os quatro grandes pretões
E pra ele assobiavam
Garotas de todos os tons
O Oscar era arteiro
E nisso não há engano
Bicicleta de Pedreiro
Ou um Burro de Cigano
Não ficavam em primeiro
E nem em segundo plano
Ele era caprichoso
Mais escravo do que amo
E o carro ficava dengoso
Quando lhe passava o pano
O Oscar era tinhoso
Não por ser pernambucano
Mas para concluir a estória
Acho; tenho que contar
Se não me falha a memória
Se eu ainda recordar
Se foi no Lago Vitória
Ou se foi no Canadá
Aquele carro equipado
Com voltímetro e amperímetro
Ficou um dia acabado
Pois não havia densímetro
Ele ficava engasgado
Não saia do perímetro
Querendo lhe por altímetro
O Oscar por ser otário
Inventou um mulherímetro
Mas, antes pelo contrário
Ao invés de velocímetro
Colocou um calendário
CONCLUSÃO: O CARRO FICOU TÃO PESADO QUE QQUSE NÃO CONSEGUIA ANDAR. |
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