CABALAS DO VERDE
Elane Tomich
&
Ramiro Camilo Santiago
Entre parênteses, a lua
dorme ao brilho de estrelas.
Na opacidade uma conjunção une
amor e paixão que o abstrato designifica
Resplandece ao fogo, uma ilusão crua
pureza nua no despir de Stelas,
Evas Marias que chegaram ao cume
em adjetivo santo que se petrifica.
Profano e ameno, um pecado leve
de Evas Stelas, Helenas e Marias
parindo Oxuns, Iemanjás, Iansãs
e os deuses machos de humanas falas.
Como o canto do uirapuru tão breve
nascendo em verde fonte, inebria
na mata o negro verde claro das manhãs
onde do ventre, verdes matas são cabalas.
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