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Poesias-->O gato Che ry -- 18/03/2003 - 02:05 (Don Cuervo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O gato Che ry



Conheci num restaurante

Lá pras bandas do Japi,

O famoso gato Che ry,

Naquele lugar antigo,

Fedia merda e xixi.



Era um gato sonolento,

Que vivia importunando,

Todo mundo e seu Didi,

Dono de uma cadela sem pedigree.

Era uma bodega que servia frutos do mar,



Servia também,

Arroz, feijao, paeja e caviar.

O dono tomava cerveja,

Misturada com vinho tinto,

Era cego de um olho



E numa orelha usava brinco,

Papagaio no cangote,

E sua boca nao tinha trinco.

Falava mais do trampava,

Mas nunca levava mote,



Toda noite enchia a cara,

Pra inspiração de sua estória,

Na estória que contava,

Falava do gato Che ry,

Famoso músico falava,



Tocava garrafa pra se diverti,

Em cima tocava agudo

Em baixo soava grave,

O resto é lamento,

Ninguém aguenta o fedorento,



Ria de si mesmo, dizia o velho,

E cantava como um canário,

O canário parecia um tordo,

Pois aprendeu a miar,

Do gato não tinha medo,



Pois aprendeu a lutar,

Ganhava qualquer parada,

Foi treinado pelo velho lobo do mar,

O bodegueiro lobo do mar,

Sempre com a cerveja quente,



Morna por esperar,

Contava alegre e contente...

Esse aprendeu a matar,

O gato sempre sonolento,

De tanto cerveja lamber,



Deixava os ratos passar,

E sempre falava em se matar,

Sempre rosnava desonfiado,

Pois o canário não o deixava jantar,

O bodegueiro,o velho lobo do mar,



Um certo espanhol paraguay,

Coçava os dedos do pé,

E cheirava pra se noiar,

Contava as peripecias do gato,

Falava muito, esperando o tempo passar,



Naquela bodega as tardinhas,

Chegava o pessoal do Amstad.

Aí o dono noiado se divertia,

Tomavam pinga de pote,

Amarela por caramelo,



E diziam ser xixi de camelo,

E as vêzes uisque forte.

O bodegueiro sempre mandava uma,

Dizia: -O gato aprontou de novo,

Imagine que nos seus concertos,



Quebrou a baqueta e acertou a careta,

Do atrevido canário,

O canário muito nervoso,

Meteu-lhe o bico no olho.

Alí o gato amuado,



O canário cantando o som da vitória,

Como se desta vez o gato,

Dando-se por vencido,

Lambia as patas aborrecido,

O canário levando a glória,



Untava a cabeça com com nóia.

O pessoal do Amstad,

Sempre morria de ri,

Sabendo que na verdade,

As mentiras do bodegueiro



Era puro passatempo,

De um velho perdigueiro,

Que envolvia o gato Che ry,

Quando a moite ja vai alta,

O pessoal do amstad se despede,



O bodegueiro de cara feia,

Toma o último gole de cerveja,

E e vai dormir de cara cheia,

Não acorda nem pra cuspir,

A aurora vem chegando,



E o gato rosna no canto,

O canário anuncia a alvorada,

Acordando o gato Che ry.

Lá vem o seu Didi,

Começa mais um dia do noiado,



Do canário,

Da cadela sem pedigree,

Do pessoal amstad,

Da gente que paasa por lá,

E do famoso gato Che ry...





Don Cuervo












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