Um dia quando partiste pela vida afora,
Talvez enlevada por tua plena mocidade,
Buscastes pra ti, sempre uma nova aurora,
para tornar azul, o teu céu de ansiedade.
Vivestes imenso tempo numa boa hora,
pelo aparelho medidor da tua felicidade,
mas de repente, eis que vejo sem demora,
que teus minutos foram feitos de saudade.
Teus pensamentos pararam para pensar,
E aí vistes exatamente o quanto errastes,
em querer tanto, o teu tempo duplicar.
Agora triste, chorando, regressando ao lar,
trazendo o pesado fardo que herdastes,
cheio de desilusões a mais para carregar.
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