Busquei no passado da cidade,
sua beleza e toda sua riqueza,
desprovida de luxo e vaidade,
não vivesse com tanta realeza.
Voltei os olhos pra simplicidade
do sertão, obra prima de singeleza,
umas casinhas bem pobres,
uma herdade acolá,
com jardins floridos,
rosas, margaridas, cravos,
brincos de princesa...
Um terreno enorme sem cercas,
cheirando a flor do mato,
uma horta viçosa,
um cachorro pacato,
um cercado com umas galinhas,
algumas com pintinhos.
Essa é a vida sem cortejo,
sem brigas, sem crime algum,
sem assaltantes, sem ladrões
sem aparente riqueza sem aparato
das grandes cidades,
de pessoas aos borbotões...
é a criação no seu mais nobre ato.
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