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Poesias-->8. PREOCUPAÇÃO COM OS VERSOS -- 11/12/2003 - 06:45 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Este nosso treinamento

Tem seus altos e seus baixos:

Se hesitamos um momento,

No seguinte, há “encaixos”.



Começamos devagar,

Como sói acontecer.;

Para nós basta rimar,

P ra demonstrar bem-querer.



Eis que já nos espertamos

E os versos saem perfeitos,

Os temas com que sonhamos,

Entretanto, não são feitos.



Quiséramos compreender

O segredo da poesia,

Mas, além desse querer,

Só vamos em romaria...



Um abraço muito amigo,

Naquela hora de pranto,

É bom sentimento antigo,

Fácil de pôr neste canto.



Mas será forjada a rima

E fingido o sentimento.;

Quando se tem grande estima,

Abraço não tem momento.



Um sorriso de alegria

É um reforço da coragem,

Mas, p ra pôr em melodia,

Não vemos grande vantagem.



Falamos duma experiência

Adquirida na vida:

Colocada em evidência,

Torna a alma convencida.



Falar da própria poesia

É quase sempre o assunto

P ra nosso final de dia:

Não nos ofende o bestunto.



Desta forma, vou levando

Nosso treino até o fim.;

Algum trabalho está dando.;

O resultado é chinfrim.



As rimas são repetidas?

Os versos são redondilhas?

As quadras são divertidas?

Oh! Deus meu, que maravilhas!



Entretanto, há um progresso

Que não se pode esconder:

Já temos tido sucesso

Na rapidez do fazer.



É que não chegou a hora

Dum trabalho permanente.;

É a razão desta demora

De se alegrar o escrevente.



Mas não seja ganancioso:

Vá dando corda à paciência.

O que se diz do guloso

É que engorda sem consciência.



Se a poesia é uma charada

Toda feita de mistério,

O limão dá limonada,

Como nós somos do etéreo.



Parece que temos dado

As pistas ao escrevente,

Que nos tem considerado

Bons frutos de má semente.



É bem fácil de escrever

Em sentido figurado,

Pois o que é para dizer

Vai ficando bem de lado.



Para bom entendedor,

Só meia palavra basta.;

Se a poesia está um horror,

É que a ignorância é vasta...



Caprichamos no final,

P ra deixar boa impressão.;

Não está de todo mal:

Já há alguma emoção.



Não se cansa o nosso amigo

De ver as quadras formarem-se.;

Já se torna um vezo antigo

As palavras agruparem-se.



Não se quer uma obra-prima,

Nem muito verso perfeito.;

Alegramo-nos com a rima:

Pareceu-nos grande feito.



Não tem cão? Cace com gato,

Mas não faça espalhafato

P ra caça não ir embora.

Se isto for deprimente,

Queira perdoar a gente,

Mas faça-o sem demora.



Nosso tempo já se acaba,

Nossa imantação desaba,

Chegam ao fim nossos fluidos,

Mas, num último arremesso,

Vamos virar-nos do avesso:

São graves nossos descuidos.



Num esforço de memória,

Revisando a nossa história,

Acendemos uma luz.;

Na hora da despedida,

Pedimos p ra nossa vida

As bênçãos do bom Jesus.



Ao nosso caro escrevente,

Que, pacienciosamente,

Nos aturou de verdade,

Rogamos misericórdia,

Perdoe-nos a mixórdia,

Faça-nos a caridade!



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