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Contos-->Conto de São João -- 14/06/2003 - 00:55 (Marcelo de Oliveira Souza :Qualquer valor: pix: marceloescritor2@outlook.com) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Conto de São João

Toda época de final de junho vêm sempre em grupo o dia dos namorados e as festas juninas.
Para quem não tem namorada, essa época é bastante solitária, pois a sociedade exige muito das pessoas. O mês todo, é a mídia alardeando a comemoração apaixonante, os presentes, as juras de amor...Pior que isso, só nas festas de final de ano.
As festas para quem é solteiro, à procura de uma grande paixão considero que seja o carnaval, a maior farra, pois sempre aparece alguém que vai te agradar, porém a festa da carne hoje apresenta muita libertinagem.
Mas realmente as festas que aproximam as pessoas, são as festas juninas, São João e São Pedro, pois o clima frio, sempre nos deixa mais carente, o forró “comendo”no centro ao pé da fogueira, à procura de um corpo quente, acompanhado com um licor e muita folia.
Por isso, nessa época, a rodoviária fica lotada, as pessoas daqui de Salvador praticamente migram para o interior, cada um para a sua cidade escolhida.
Certa vez, Mário e Márcio, dois irmãos foram a Senhor do Bonfim, uma cidade no centro-oeste da Bahia, bastante conhecida pelas suas peculiaridades juninas. Saíram por volta da meia noite e chegando lá, já amanhecendo o dia, a temperatura baixíssima, beirando uns quinze graus, os bancos da rodoviária pareciam gelo. Esperaram um pouco, para o dia amanhecer, e depois foi a “maratona” costumeira à procura de um hotel.
Como todo bom viajante, conseguiram um lugar no centro da cidade a um preço módico.
A tradição do local é bastante interessante, como em toda região de grande festejo junino, lá as pessoas eram visitadas por uma bandinha, um com uma flauta, outro com um surdo, outro com um triângulo,todos tocando cantigas juninas, vão às casas das pessoas, lá comem e bebem à vontade, daí seguem para outra residência, junto com os moradores da casa que visitaram, assim forma-se um grande círculo de amizade e confraternização entre as pessoas.
Logo quando Mário viu o movimento, chamou o seu amigo, mas como estava muito cansado da viagem, seguiu sozinho a jornada, descendo a escadaria do hotel, indo comemorar e conhecer as pessoas, que já formavam um bom número, foi uma experiência bastante lucrativa para ele, pois logo de saída encontrou uma morena linda com olhos bem grandes e redondos, chamada de Vanessa, surgiu um frisson entre eles, uma energia culminou entre os nossos corpos ardendo de paixão. Só que tinha muita gente ao seu redor, e só conseguiu saber o seu nome e seu magnetismo diante dele, pois ela como estava diante de um outro grupo, saíram de carro com seus familiares.
Sua esperança era encontra-la à noite no palco da festança, lá pertinho, onde foi conhecer no início da noite, onde todas as residências e casas comerciais eram fechadas com tapumes, pois existia a “guerra de espadas”, tipo um fogo de “buscapé” gigante, em que pessoas se aventuram a segurar e lançar de um lado para o outro, não adianta dizer que é perigoso, mesmo assim as pessoas se aventuram se queimar e se machucar, até gravemente.
No primeiro dia de festa, estavam lá, com seu amigo, que foi logo se arranjando com uma loira, e ele ficou a ver navios, em plena garoa e um frio intenso.
Após meia-noite retornou para o hotel e foi descansar, pensando onde estaria Vanessa aquele horário, se já tinha arranjado alguma companhia, o esquecendo, pois foi um encontro bastante furtivo, e não tinha nenhuma garantia de vê-la novamente.
Depois de um dia inteirinho de tédio, porque em cidade de interior tem essa desvantagem, já estavam esperando a próxima noite.
Voltando ao segundo dia de festa, resolveu procurar algumas paqueras, chamando as garotas mais simpáticas e interessantes para dançar. Pouco tempo depois, conheceu Cristiane, uma garota que morava ali perto, não demorando muito para beija-la, depois ficaram namorando, ao que vieram suas irmãs e chamaram-na para ir embora, ela deixou o número do seu telefone e saiu , se despedindo dele.
Algum tempo depois, conheceu Lívia, não demorando muito começarem a namorar, não o encantou muito, mas se beijaram bastante, e como veio se foi, sem perceber.
Mas lá pela uma hora da matina, quando menos esperava, Vanessa apareceu deslumbrante, e se entenderam logo de cara, parecia que se conheciam, há bastante tempo, chamou-a para dar uma volta na estação de trem, e foi uma loucura! Uma paixão alucinante, quando repentinamente o dia já ameaçava clarear, iluminando o sonho dourado que protegia a redoma dos apaixonados.
Ao cogitar vê-la novamente, descobriu que ela morava em uma fazenda bem afastada da cidade, e seria praticamente impossível vê-la novamente, tristes pela realidade cruel da vida, se abraçaram por algum tempo, invocando e questionando o destino, sobre sua faceta, que une e ao mesmo tempo separa as pessoas, deixando frisado a admiração mútua, e que diante da constelação de três estrelas que insistiam ficar sobre eles, a última e mais intensa, seria ela que para todo sempre iluminará a sua vida.

MARCELO DE OLIVEIRA SOUZA
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