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Poesias-->SENZALA -- 08/12/2003 - 19:53 (VIRGILIO DE ANDRADE) |
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Recôncavo, ah!, recôncavo
Na negritude de tuas esquinas
Roliças cochas agasalham o nécta vigoroso
Do branco...
Do moço doirado...
Embriagado com licoroso vinho das quintas.
Recôncavo, ah!, Recôncavo
Tuas senzalas perpetuam a doce alegria
O ébano da cintura se enche de vida
Querumins e amas de leite
Prantos impávidos...
Rebentos da áfrica mestiça.
No Cantoá o couro do surdo dobra
Em ritmos da alegria batismal
Na benção do ogásmo telúrico
E renovam a fé no Deus ancestral.
ANTONIO VIRGILIO DE ANDRADE
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