De dentro da porta vejo-o em desenvoltura.
Finjo-me absorta, cheia de candura…
Sorri para dentro da minha vida
Espera, talvez, que seja cativa…
Adivinho a sua doce ternura
Apesar do ar que põe de bravura!
Enquanto amacio o sal do saco,
trabalho do meu quotidiano,
percebo no animal o seu trato:
Manso, de homem nada leviano.
Sei que me quer, Cavaleiro
Como eu, a si, o dia inteiro!
Que deseja, nobre mancebo?
Diga-me o que já percebo!
-Quero o seu rosto marfim,
as suas mãos, o seu coração…
-Mas, então quer-me, a mim
e toda a minha condição?
Entre de uma vez, Amor…
Acabemos com a nossa dor!
Elvira:)
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