Pede-nos o nosso amigo
Que transformemos em versos
Pequenas questões internas
De alguns temas controversos.
Para nós não é difícil
Aceitar-lhe os bons conselhos.;
Mas terá ele a paciência
De suportar nossos relhos?
Serenada a sua alma,
Mais tranqüilo o coração,
Poderemos, com mais calma,
Dar-lhe tal informação.
Para nós tudo é possível
Em matéria de poesia.;
O escrevente é que é falível,
Pois nem tudo atingiria.
É que os nossos pensamentos
Transmitimos por etapas.;
Caberá aos “instrumentos”
Situá-los em seus mapas.
Um exemplo transparente
Se deu nessa quadra acima:
Foi quando o nosso escrevente
Precisou forçar a rima.
Mas, na quadrinha seguinte,
Sugerimos de antemão,
Com lhanura e sem acinte,
Qual seria o seu refrão.
“Pescou” logo este escrevente
O que iríamos dizer.;
Como é muito diligente,
Aprontou-se p ra escrever.
Vamos, pois, levando a vida,
Dando curso ao nosso tema:
O médium dá a medida,
Enfeixando este “poema”.
Não temos, pois, pretensões
De nos chamarmos poetas:
São muitas as direções
Em que se põem nossas metas.
Mas, p ra este treinamento,
Sujeitamo-nos, felizes,
Caprichamos um momento
E já deitamos raízes.
Sugerimos a temática
De maneira bem sutil.;
Cuida o mestre da gramática,
Dando um toque mui gentil.
Posto fique incomodado
Ao longo da transmissão,
Com o trabalho encerrado,
Sorri de satisfação.
Achamos que seja útil
Descrever nosso trabalho,
Que pode parecer fútil,
Mas que, às vezes, “quebra um galho”.
Por aqui sempre estaremos,
Enfunando as nossas velas,
Para aliviar-lhe os remos,
Ao se guiar nas estrelas.
Conhecendo o patrimônio
Da cultura literária,
É feliz o matrimônio
Que se promove na área.
Todavia, o nosso canto,
Que compomos devagar,
Se protege sob o manto
Do servir e do amar.
Pretendemos ir embora,
Logo após esta quadrinha.;
Agradeça a Deus agora
E escreva a última linha.
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