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Poesias-->Equinócio /Equinoccio -- 06/12/2003 - 00:02 (MARIA PETRONILHO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos












Esta noite as fadas brancas



Saem dos seus abrigos



E espalham alvas poeiras



Na luz de todas as estrelas,



O sol beija de longe a terra,



Com lágrimas de despedida



O frio da sua saudade



Desce nas gotas de chuva,



Nas crespas geadas



Nas manhãs de bruma



E entrelaça uma corola de cristais



Nos cumes das montanhas mais altas.



Na noite mais longa, a solidão grita



A alma estremece na sombra



Os poetas tecem mantas de nostalgia



Reacendem-se as lareiras nas casas



E serenamente o ciclo continua



Na perpétua elipse onde gravita



A cerúlea Terra apaixonada



Em redor da sua estrela.











Lisboa, 26/10/2003











Equinoccio







Autora: Maria Petronilho



Versão livre em espanhol: Alberto Peyrano







Salen las hadas blancas,



Esta noche, de sus abrigos



Y esparcen sus albos polvos



preñados de luz de estrellas,



Con lágrimas de despedida



Desde lejos, el sol besa a la tierra.



El frío de su nostalgia



Baja en las gotas de lluvia



Hasta la ola encrespada



En las mañanas de bruma.



Y entrelaza una corola de cristales



En las cumbres de las montañas más altas.



En la noche más extensa, grita la soledad



Se estremece en la sombra el alma



Los poetas tejen mantos de nostalgia



Vuelven a arder los hogares



Y, serenamente, el ciclo continúa



En la perpetua elipse donde gravita



La cerúlea Tierra enamorada



alrededor de su estrella











Lisboa, 26/10/2003







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