A Razão, inimiga da Paixão
Não sei quando, como,
ou onde isso aconteceu,
sei apenas que quando percebi
você estava em todos os lugares,
para onde quer que lançasse meu olhar
eu a via, e todas as vozes que eu podia
ouvir, eram iguais a sua.
Pensei então estar louco,
pois a minha vontade era
correr para perto de ti,
sentir seu cheiro e sua respiração,
olhar em seus olhos de um castanho profundo,
e lhe dizer tudo que sentia,
abrir meu coração, e lhe mostrar minha Alma.
Então resolvi refletir,
Ò Razão, grande inimiga da Paixão.
Percebi então que me tornara
uma pessoa com medo de Amar,
medo de Magoar, medo de Ser Feliz?
quando isso aconteceu?
Então eu me escondi em meus sentimentos,
fugi com receio da renúncia,
e renunciei ao direito de Amar,
por medo.
Mas não obstante a Razão ou a Paixão,
meu coração sabe o que sente por você.
sabe que todas as manhãs o sol brilha,
e o orvalho da madrugada se dissipa.
E espera conseguir derreter
todo este gelo que o envolve,
então ele voltará a pulsar com alegria e Amor.
Miguel Gustavo Reibnitz
04/12/2003 - 22:04
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