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Cordel-->O Negócio É Improvisar -- 19/01/2005 - 19:45 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O Negócio É Planejar
(por Domingos Oliveira Medeiros)

Quando estava no exílio
Fernando Henrique Cardoso
Sonhava um dia voltar
Não se achava idoso
Uma pessoa atuante
Um político importante
Um jovem até bem garboso

E o tempo foi passando
A ditadura foi embora
FHC planejando
Enfim é chegada a hora
Foi concorrer ao Senado
E foi até bem votado
Sem a fama de agora

Falava coisa com coisa
Tinha tudo planejado
Tinha fama de sabido
De professor calejado
E assim que o Collor saiu
E o Itamar assumiu
Fernando foi convidado

Era tudo que queria
Ministério da Fazenda
Xerife do Plano Real
Iniciou a contenda
Fez o seu planejamento
Juntou bastante argumento
E o plano virou lenda

Ganhou, assim, simpatia
Do Presidente Itamar
E foi por ele apoiado
Para ficar no seu lugar
E o povo o voto lhe deu
Por tudo que se prometeu
Por tudo que ia nos dar

Mas o tempo foi passando
E veio o primeiro ato
Cada dedo, uma promessa
Nada aconteceu de fato
O dia todo, o Fernando
Era sempre planejando
O seu segundo mandato

Mas pra isso precisava
Aprovar a reeleição
Surge a idéia brilhante
Mudar a Constituição
Pra seguir o seu destino
Para o nosso desatino
O Congresso lhe deu a mão

Não sem muito sacrifício
A coisa foi conquistada
Houve também quem dissesse
Que teve até marmelada
Negociata e vantagem
E muito mais sacanagem
Que no final, deu em nada

Mais uma vez o Fernando
Volta a ser presidente
Seguindo sempre seu rumo
O Brasil seguiu em frente
Prometeu tudo de novo
O bem-estar de seu povo
Em discurso bem ardente

Assim passaram-se os anos
De um governo que terminou
Apagado e no escuro
Necessitado de faxina
Sempre em cima do muro
Enquanto o povo em apuro
Seguiu na triste rotina

Ficamos todos de novo
Às voltas com a eleição
Na hora, mais do que nunca
Julgamos saber a lição
Puxando pela memória
Lembramos daquela história
Daquele governo apagão

Que não cumpriu a promessa
De oitos anos passados
Perdemos nossos empregos
Ficamos endividados
Sem saúde, educação
Segurança, habitação
Cercado por todos os lados

Denúncias de corrupção
Governo fez vista grossa
Agora ninguém planeja
Improvisa-se o que possa
Só o crime organizado
Apresenta resultado
Com o governo faz troça

É o governo paralelo
Que apresenta projeto
Cada vez mais incomoda
Não há combate direto
Sempre será dessa forma
Não se fez qualquer reforma
Nada mudou de concreto

Por essas e outras razões
Votamos com mais cuidado
Escolha bem seu representante
Nosso foi mudado
Acreditando em milagre
Em vez de vinho, o vinagre
O voto saiu errado

De paletó e gravata
Ganhou nosso companheiro
O discurso da mudança
Enganou o mundo inteiro
Fala e age de improviso
Muito riso e pouco siso
Viajando o mundo inteiro

Bolsa-Escola, Fome Zero
Auxílio, alimentação
Reforma da Previdência
Emprego pra mais de milhão
Maioria no Congresso
Que só anda de recesso
Juro alto e inflação

Credores são bajulados
O juro é pago em dia
Orçamento é usado
Em favor da confraria
Do sistema financeiro
Que ganha muito dinheiro
Explorando a fantasia

De um país cor-de-rosa
Aos olhos do presidente
Que além de surdo, é cego
Não enxerga mais a gente
Faz ouvidos de mercador
Copia, com muito rigor
É clone do antecessor

19 de janeiro de 2005












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