Atravessando o Vértice (alexandre pereira)
Um viver trancafiado.
Um fugir ao ornamento.
Uma idéia que vai para o ralo
Após rodar a banheira cheia.
Um explorar a ordem urbana
Percorrendo, felizes, caules de cimento.
Nas pontas dos pés
Exigindo silêncio
O tumulto mesmo te come
E vomita o azedume
A negação de ti, problema
Choras à orla, não vês o aceno.
E sofres, sei que sofremos
Pois errastes ao préseguir o conhecimento
E nó que insistisses, enozasses
E te custa desatar...mas vês,
O abismo se abrindo e lá (no fundo)
Um fio (rio) de água, limpa aos germes.
Mas, não caminhe!
Espere... virá a chuva
Virá a pera, a maçã, o cipó
E cada um escorrerá
Feito barco de folha verde
E uma vez, a tua imagem a ti brotará.
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