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Artigos-->Nem Sempre Caro Lindolpho -- 22/05/2002 - 11:50 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nem Sempre Caro Lindolpho



Tenho acompanhado, com admiração, algumas de suas intervenções aqui neste espaço literário. Confesso-lhe minha surpresa, com certa alegria, de ver um jovem com perspectiva de um futuro brilhante, notadamente na área que resolveu abraçar, pela facilidade de articulação e argumentação de que dispõe. Além, evidentemente, do cuidado com o aprendizado constante, revelada em seus textos.



Entretanto, e uma coisa nada tem a ver com a outra, referindo-me ao seu último texto, “O Diploma Como Um Embuste”, entendo, salvo melhor juízo, que algumas observações precisariam ser feitas, de modo a dirimir eventuais dúvidas deixadas por conta da generalização que, em alguns momentos, envolveram suas opiniões.



Evidentemente, não há como deixar de concordar com você no que se refere a inutilidade do diploma como premissa para emitir opinião a respeito de temas integrantes dos ramos do conhecimento humano ali citados, como, por exemplo: história, filosofia, sociologia, exceção, talvez, a área econômica. E mais especificamente, em relação aos estudantes de História. O diploma, nesse caso específico, não necessariamente seria condição imprescindível para emitir opinião abalizada. O mesmo se pode dizer sobre os acadêmicos de Direito. Quantos “rábulas” não exerceram a profissão por esse Brasil afora, com indiscutível competência.



Entretanto, visto assim, dissociada de um contexto mais amplo, parece que a tese poderia ser aplicada para todos os diplomas e todos os ramos do conhecimento humano. E não, restringir-se, tão-somente, ao campo específico do objeto de discussão. Aqui reside a minha discordância.



Primeiro, para que uma opinião seja aceita, em tese, há que haver um mínimo de conhecimento do que se fala. Você mesmo, em sua argumentação, colocou, a favor de seu pensamento, que apesar de ser acadêmico na área de direito, você é “esmerado estudioso de tal ciência ( Historia) e, “postando a modéstia de lado”, teria uma razoável base técnico-argumentativa”. Você, tudo indica, nesse ponto, há que concordar comigo.



Por outro lado, e deixando de fora a questão dos maus e dos bons profissionais , por conta de disfunções do processo educacional brasileiro, penso que podemos manter entendimento no sentido contrário ao seu, em relação, tanto ao conhecimento, como ao diploma, que, ao meu ver, para determinadas profissões, são absolutamente necessários para a emissão de opiniões abalizadas.



Nas áreas Médica e Biomédica, por exemplo, tanto o conhecimento como o diploma se fazem imprescindíveis. Não basta, portanto, ser, apenas, um intelectual ou um filósofo, que irá proferir argumentação, razoável que seja, em relação, por exemplo, a uma intervenção cirúrgica em um determinado paciente, num quadro de diagnóstico qualquer.



Até porque estaríamos diante de flagrante desrespeito às leis pertinentes, aos critérios de ordem ética e moral, além de absoluta falta de preparo técnico-científico para opinar a respeito.



Estas as considerações que gostaria de introduzir acerca do tema que você levantou nesta página de audiência pública.



Domingos Oliveira Medeiros

22 de maio de 2002

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