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Cartas-->Carta ao meu Possível Amor -- 28/01/2003 - 15:05 (Elane Tomich) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CARTA AO MEU POSSÍVEL AMOR


Meu amor,
De nada nos valeu tanta prolixidade, ainda que na sublimidade de versos.
De fato, queria outro jeito de lhe dizer em gestos e fatos , cheiros e dores que compõem a vida.
Pois que as dores do peito e do parto, angústias e medos, em nada foram resolvidas com a positividade da razão. Não incorporamos ao saber, o sentimento de saber sentir e de nos sabermos seres de saber incompleto e insano.
Meu amor, de não saber o que mais dói são os desencontros . Não só os meus ou os seus, mas os de toda humanidade que assim caminha como há tanto, que até parece sempre. Sempre que pode ser rompido como alegre acrobacia pelo "por enquanto" do afeto.
Claro, se nos soubermos apenas humanamente machos e fêmeas em busca do prazer da recriação de sermos, inseridos na temporalidade e espaço dos medos,conquistas, perdas, desejos, ódios, vergonhas, culpas, proles e normas. Ou simplesmente aceitar o tempo, sempre começando alegre e terminando triste, se assim o fizermos. Pois, que o tempo é uma criação humana, sendo a eternidade sim, divina!
São tantas idas e vindas, tantos temas e teoremas, encruzilhadas, articulações, cabalas, densidades vencidas, renúncias , perdões, fundações, infundadas grimpagens, garimpos, sinfonias, impostos, ilusões e desmandos... Para que? Para quem sabe, acharmos o atalho do encontro.
O encontro é belo porque ético na intenção nossa de nos perpetuarmos em sonho divino. Ou vice-versa , dependendo do prisma, ou para alegrar, das cores do caleidoscópio.
E a grande pantomima do encontro, sua expressão mais natural, está na arte configurando a mão de companheiros que seguram a oração da vida , dedos entrelaçados no último orgasmo, rio de luz, plasticidade que nenhum corpo esculturado, colorido mas só, poderia conter.
Porque, meu amor, só a vida traz a circunstância que me permite chamá-lo" meu amor".
Consequência de pequenos atos medidos e mediados pela dança celeste do sol e da lua, praticados em virtudes e pecados, levando-nos ao que chamamos morte.
Morte. Sonho de pressuposto sem fim que é, provalvelmente tão só, o começo do que viveremos, em nome do que não sabemos do amor.

Elane

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