Há, de tempo, um lapso encantado
Em que não sabemos ao certo
Se o que de nós está mais perto
É o dourado sol, ou o luar prateado.
Esse quadro mágico do entardecer,
Com o alegre correr de crianças
Parece renovar as esperanças
De tantos, que estão a sofrer.
Fico, por vezes, parado
Por completo, sem mover um músculo,
Apenas a contemplar o crepúsculo.
E mesmo estando a ler um opúsculo,
Não consigo nele ficar concentrado
E ao horizonte volto, enlevado.
|