(...) MAIS UMA VEZ ELE NÃO OLHA PRA TRÁS
Sophia não sabia quanto tempo havia se passado.
Dez segundos?
Um minuto?
Três? Dez minutos?
Encontrava-se sozinha dentro do carro,
Naquele estacionamento sem sentido algum.
Sozinha,
Confusa,
Perdida.
Conflitando com emoções:
Raiva,
Tristeza,
Decepção,
Saudades,
Paixão.
As sensações estavam em sua garganta,
E parecia que a qualquer momento tudo iria explodir!
Ah, sua mente explodia...
O coração também!
Há tempos atrás ele novamente havia saído.
Fechou a porta,
E foi se distanciando a passos largos,
Decididos,
Firmes.
Saia de seu mundo,
De sua vida.
(aliás, teria ele realmente entrado alguma vez na sua vida?).
Distanciava-se sem se preocupar com suas emoções,
Sentimentos,
Pensamentos.
Distanciava-se a passos preocupados com os compromissos,
Até sumir de suas vistas embaçadas, agora, pelas emoções.
O que é isso?
Sina?
Destino?
Instinto?
Ações impensadas?
Paixão cega,
Ou a falta dessa?
Sophia não sabia de nada!...
Não controlava tempo,
Emoções,
Sensações,
Ímpetos,
Lágrimas...
(por dor, ou por tudo?),
Nada!
Lá estava ele de novo:
Saindo de sua vida,
Sem nenhuma decisão,
Sem nenhuma certeza.
Seria sempre assim?
Só incertezas,
Acasos,
Inseguranças?
Sophia não agüentava presenciar tal cena de novo,
Mas lá estava ele:
Mais uma vez, seguindo em seu mundo desconhecido,
Secreto,
E misterioso,
Sem olhar para trás...
DANA SANTOS
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