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Poesias-->24. COM BOA VONTADE -- 21/11/2003 - 06:34 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Queríamos dar conselho

Que fosse definitivo,

Mas nada achamos parelho

A Jesus — o exemplo vivo.



Eis que não tem importância

Qualquer coisa que dissermos,

Mesmo que tenha a fragrância

Das lindas flores dos ermos.



Eu quero dar ao amigo

A certeza da irmandade:

Vai poder contar comigo,

Com total boa vontade.



Eu bem sei que esta promessa

Tem o sabor da vaidade,

Mas vou querer que se esqueça

Dos vícios da humanidade.



Hoje o dia está perfeito

P’ra grande e fraterno abraço:

Coração bate no peito,

Ofertando o seu regaço.



Não quero deixar a marca

Deste simples treinamento:

Eu acho que o verso abarca

Mais profundo sentimento.



Sendo assim, caros leitores,

Elevem serenas preces,

Busquem, com seus protetores,

Recolher mais fartas messes.



O proceder carinhoso,

Entre amigos que se entendem,

Vai trazer mais forte gozo:

São vaidades que se rendem.



Nem sempre os termos refletem

Os sentimentos que temos,

Mas os favores remetem

A gestos outros que vemos.



Caso o orgulho nos obrigue

A nos isolar na vida,

O conselho é que se brigue:

Vamos levar de vencida.



Se temos forte a vaidade

Incrustada em nossa alma,

Só com tenaz humildade

É que levamos a palma.



Se agimos sem caridade,

Renegando o nosso irmão,

É com força de vontade

Que lhe estendemos a mão.



Se não temos boa vontade,

No caso de falta alheia,

P’ra nossa felicidade,

A consciência se incendeia.



Falta-nos inspiração,

A palavra não nos vem:

Façamos do coração

A fonte do nosso bem.



Somos muitos os amigos

Que têm a felicidade

De se acolher nos abrigos

Desta sua boa vontade.



Por isso, não se preocupe

Em registrar algum nome,

Seja ele Guadalupe,

Seja outro de renome.



Falemos abertamente,

Pois o que vale é o tema.;

De que serve um Tiradente

Que não porte nenhum lema?!...



Hoje o dia esteve sério,

Os assuntos, um desastre,

São flores do cemitério:

Que este aroma não se alastre!



Temos outro compromisso,

Partiremos em seguida:

Nossa parte no serviço

Consideramos cumprida.



Queremos nos despedir

De nosso caro escrevente,

Tentando diminuir

A idéia que faz da gente.



Compreendemos-lhe o temor

De ficar assim exposto

Ao pranto de forte dor,

Caso tenha algum desgosto.



Por isso, fizemos força

P’ra deixar um belo verso,

Posto sempre haja quem torça,

Tornando o bom controverso.



Não é bem esse o seu caso,

Disso estamos muito certos:

O que se põe no seu vaso

São aromas dos desertos.



Já é bem chegada a hora

Destes confrades partirem.;

Façamo-lo sem demora,

Para os estros não falirem.



Mas esta outra informação

Pode vir a ser preciosa:

Os do grupo não estão.;

Deixaram-nos esta prosa.



Tudo para que o escrevente

Não tateie mesmo em vão,

Mas que faça, simplesmente,

Bater forte o coração.



Veja só que pecadilho,

Como estas rimas fenecem:

É fraco o nosso estribilho,

Os versos empalidecem.



Mas estamos muito firme,

Querendo colaborar,

Embora a rime confirme

Como é fraco o versejar.



Despertamos o desejo

De a poesia se encerrar,

Porquanto é fraco o manejo

De minh’arte de rimar.



Da fraqueza sinto pejo,

Da rima sinto vergonha.;

Já nem toco realejo:

Veja como sou pamonha.



Entretanto, tento rir,

Gozando da minha rima,

Mas preocupo o Wladimir,

Por quem tenho forte estima.



Preciso me despedir,

Dizendo o que disse acima?

Só lhes peço p’ra aplaudir,

Se acharem a quadra opima.



Falemos sério, contudo,

P’ra encerrar mais este dia,

Mudemos o conteúdo:

Busquemos outra harmonia.



Ao Pai do Céu agradeço

A imensa felicidade

Deste simples arremesso,

Que a mim enche de vaidade.



E lhe peço, com fervor,

Que tenha muita piedade

Aos que suportam a dor

Com fé e boa vontade.



E que perdoe também

O mundo que desatina,

Que, perversamente, tem

Malbaratado sua sina.



Pensamos ter prevenido

Para os males de ser cego.;

Tendo Jesus nos trazido,

Esta luz que eu não renego.



Eis aqui, meu bom amigo,

A minha última quadrinha:

É feita de pobre artigo,

Mas veste que nem rainha...



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