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Poesias-->23. CENSURA AO DINHEIRO -- 20/11/2003 - 06:24 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Conheço um jovem cantor

Que apenas pensa em dinheiro.;

Só canta canções de amor:

Não tem nenhum companheiro.



Que pensa o caro amiguinho

Da situação do infeliz?

Terá falta de carinho?

Sabe onde tem o nariz?



Conhecidos argumentos

Dir-se-ão em seu favor.;

Mas quantos são os momentos

Em que demonstra valor?



Imitemos o seu gesto

Ao levar felicidade,

Mas lancemos um protesto,

Ao fugir da realidade.



Poderão até pensar

Que a matéria predomina,

Mas, ao se desencarnar,

Ficará clara a ruína.



Eis a dura realidade

A que pomos referência.;

É, na cata da verdade,

Que usamos a experiência.



Por isso, caros irmãos,

Fiquem sempre bem atentos,

Se forem desejos vãos

Que lhes dão os seus alentos.



É preciso conjugar

O verbo “amar” com “servir”.;

Ao se contemplar o mar,

Uma prece deve ouvir.



Queremos, para encerrar,

Deixar um antigo aviso:

O mundo pode esperar,

Nunca vai ser paraíso!



Que tal estas novas trovas:

Estão de fato ao seu gosto,

Ou são bem ainda as provas,

Antes de mostrar o rosto?



Queremos só desdizer

Esta impressão de vazio,

Já que muito bem-querer

Aflui para o nosso rio.



Se tivermos contenção,

Arranharemos a rima,

Deixando, no coração,

A impressão de grande estima.



Pedimos ao escrevente

Que tenha muita paciência,

Que mais tolere esta gente,

Que demonstre obediência.



Sendo assim, prometeremos

Suaves inspirações

E também evitaremos

Algumas graves tensões.



Entretanto, a gentil arte

De elaborar a poesia

Espero que fique à parte,

P’ra não causar agonia.



Estamos aqui somente

Para treiná-lo este pouco,

Esperando que não tente

Dar de poeta ou de louco.



Por mais que nos empenhemos

Nestas quadras tão simplórias,

Por certo não ficaremos

Com os troféus das vitórias.



Atendendo a um bom pedido

Deste irmãozinho escrevente,

Teremos desenvolvido

Algo que o deixe contente?



Pediu-nos para que fosse

Nosso translato escorreito.;

Foi por isso que lhe trouxe

Um tema quase sem jeito.



Entretanto, esta linguagem

Se dilui em água pura.;

Não sei se tem a vantagem

De servir a esta estrutura.



É claro que tudo aqui

‘Tá longe da perfeição,

Mas, igual a algum saci,

Tem perna e tem coração.



Já chega de atrevimento,

Nosso tempo se acabou.;

Parece tão-só um momento:

Uma hora se escoou.



Por isso é que comentamos,

Com enorme euforia:

Não sabemos onde achamos

Este pouco de poesia.



É triste dizer adeus.;

Vamos falar até breve

E roguemos ao bom Deus

Que nossas falhas releve.



Na hora da despedida,

Sentimos que cria vida

A poesia que fazemos.;

Por certo, o nosso escrevente

Atende melhor a gente...

Ou somos nós que escrevemos?



Em todo caso, eu me vou,

Pois confiança não dou

A rimas sem perfeição.;

Se tudo chega depressa,

Isto não mais interessa

A quem ama co’emoção.



Como eu tenho algumas linhas,

Nesta página final,

Direi que estas quadras minhas

Não estão de todo mal.



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