Até breve...
Ah, querido, segue tranqüilo.
Cuidarei do que fica por ti.
Ao seguir, envolto na névoa,
quando meu olho restrito não te vê,
saiba que a saudade voa,
e festejará no teu destino
o júbilo dos amigos ao rever-te.
Segue sereno...
Confia no teu guia,
terás um percurso ameno.
Deixa na soleira, tuas dores,
aflições e dissabores.
Das que não puder desfazer-me,
transformarei em flores,
e ofertá-las-ei a ti,
Mais tarde, em nosso reencontro,
contar-te-ei com detalhes,
tudo que ocorreu,
do presente,
até o mais bisonho sonho teu.
Levar-te-ei tantos recados,
saudosos,
dos teus amados,
tantas novidades,
em tua ausência ocorrida,
que rirás...
aquele teu riso retumbante,
próprio dos eternos infantes.
Saberás dos teus filhos,
teus feitos e brilhos,
frutificados na semente,
que plantaste arduamente.
Cumpriste teu papel.
No momento, deita e dorme...
Descansa... atenta a ti somente.
O que aqui fizeste, em vida,
haverá de durar mais que a vivida.
Terás pela frente uma nova jornada,
que trilharás seguro
até a tua sossegada morada.
Acompanhar-te-ei daqui: saudosa e velando.
Até breve.
Fica em paz.
Rose Oliveira |