Usina de Letras
Usina de Letras
147 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62214 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50608)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->Respondendo ao carona medroso -- 01/12/2004 - 20:13 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Literatura de cordel
O defunto falante
Por Airam Ribeiro – 29/11/04

Marina eu refleti
Sobre o caixão borrado
Que o carona deixou
Quando se viu apertado.
Acontece que o defunto
Por causa deste assunto
Não quis ser enterrado.

Assim falava ele
Em seu depoimento:
-Como eu vou aguentar
Com esse cheiro nojento!
Ou trás outro caixão
Ou eu fico no salão
Mas neste eu não agüento.

Só depois de bem lavado
Com um bom desinfetante
Sabão Omo e o de barra
Bucha e água bastante
É que o defunto candogueiro
Deu a ordem ligeiro
Pra leva-lo num instante.

Para melhor entender
Antes de o defunto falar
O povo estava silencioso
E todo mundo a rezar.
Mas quando o cujo falou
Todo mundo se mandou
Deixando-o só no lugar.

Foi aquela correria
E desmaios no salão
Gente pulava a janela
Outros quebravam o portão
Uns saíram pelo telhado
Só porque o pobre coitado
Queria limpo o caixão.

E o defunto falante
Não parava de falar
O corpo lá estirado
Esperando a hora H
Foi quando um rezador
Chegou bem perto e rezou
Pra aquela alma calar.

E a reza foi tão forte
Que sacudiu o caixão
E o povo silencioso
Prestava muita atenção
O defunto então acalmou
Aquela voz se calou
Depois daquela oração.

Então é que levaram
O corpo pro cemitério
Muita gente cismada
Por causa daquele mistério
Foram todos em oração
Ao redor daquele caixão.
Era esse o critério.

Ninguém nunca soube
E nem tão pouco eu
O nome do rezador
Que aquela alma atendeu
Eu fico pensando aqui
Sobre o que houve ali
Como foi que aconteceu!

Será se foi aquele
Rezador que conheci?
Aquele que mora perto
A nove km daqui,
Não!Não levo isso a sério!
Pois esse é um mistério
Daquele povo dali.

Eh!... mas ele reza forte
Que faz o fogo parar!
Dá sumiço nas cobras
Fazendo no buraco entrar,
Bem que teria o poder
De ter ido lá benzer
Para o defunto calar!!!...

www.usinadeletras.com.br
airamribeiro@zipmail.com.br
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui