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Contos-->A CASA NO ALTO DA MONTANHA - PARTE II -- 25/05/2003 - 17:57 (Edmar Guedes Corrêa****) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A CASA NO ALTO DA MONTANHA - PARTE II


A empreitada por sua vez foi frustrante. As janelas estavam bem fechadas e não era possível a visão do interior da casa. Nem mesmo por alguma fresta ou pelo buraco da fechadura era possível ver um milímetro se quer. Simplesmente não se ver nada.
Som algum vinha do interior. Parecia que realmente não havia viva alma ali. Do lado de fora também não havia marcas de pegadas. Era como se não aparecesse gente ali a pelo menos três ou quatro dias.
Um dos integrantes do grupo até propôs arrombar uma das portas e invadir a casa; mas os demais se opuseram. Eram homens de bem e pessoas corretas. Além do mais, até onde sabiam, não havia motivos para se invadir a casa de um desconhecido. Por isso, acabaram voltando para casa com a promessa de regressarem na noite seguinte.
Por volta da uma hora o carro apareceu. Era um carro preto. Não se podia identificar o modelo e a marca, mas a placa foi anotada. Ainda bem que alguém se lembrou de levar uma caneta.
Ficaram aguardando para ver quantas pessoas saiam do carro. Mas quando o carro estacionou, desceu somente um homem carregando um pacote. Via-se que carrega algo frágil, provavelmente alimentos.
Estava muito escuro e não deu para ver a fisionomia daquele homem. Pela silhueta via-se que aparentava ser um homem alto, forte e de meia idade.
Após descer do carro, o homem adentrou a casa.
Havia um grande silêncio. Os homens pensaram em se aproximar na tentativa de ouvir alguma coisa, todavia preferiram não se arriscar. As informações obtidas eram suficientes para descobrir alguma. Agora poderiam ir para casa.
Não foram. Por dois a um foi decidido que aguardariam para ver até que horas o dono da casa ficaria ali. Alguma coisa de extraordinário poderia acontecer e ajudar na elucidação do caso.
O silêncio foi quebrado pelo som de música vindo do interior da casa. Não se sabia a que compositor pertencia, mas não restava a menor dúvida de que era de um daqueles cujas músicas são tocadas em casamentos. Não havia som de voz, somente instrumentos.
Uma coisa que chamou a atenção daqueles homens a espreita foi o alto volume do som. Por que o som ligado naquela altura? Aquele homem seria meio surdo? Ou era apenas uma questão de gosto? Muito estranho.
Aguardaram até as três e quarenta da manhã quando o carro partiu. Não se entendia como alguém poderia chegar a uma e partir depois de três horas e meia. Por que não esperar o dia amanhecer? Era como se a pessoa não quisesse ser vista por ninguém.
O mistério só ganhou mais força. Naquela manhã mesmo o integrante mais velho do grupo, Seu Vicente, partiu para Juiz de Fora com o intento de obter informações acerca do proprietário do veículo cujo número da placa estava em seu poder. Enquanto isso, os demais ficaram responsáveis de ir a casa e dar mais uma olhada.
A única certeza que os moradores se Santa Paula tinham era de que havia algo de errado com o novo proprietário daquele pedaço de terra. E algo dizia que o mistério seria elucidado naquele mesmo dia.


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