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Poesias-->17. SURREALISMO SOBRENATURAL -- 14/11/2003 - 06:34 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Para que este irmão perceba

Que já não está sozinho,

Iniciemos os trabalhos,

Com muito amor e carinho.



Eis aí a prima estrofe,

Que não deu muito trabalho.;

Mais estranho é o rega-bofe,

Toda vez que me atrapalho.



O tom de nossa conversa

Demos tão logo — de prima —.;

Se esta tese é controversa,

Bem segura está a rima.



Este perene treinar

Vai deixar-nos afiados.;

Se formos desafiados,

Iremos desempenhar.



Encurtamos os versinhos,

Mas as quadras vêm perfeitas.;

Somos tão pequenininhos

Que as rimas já vêm eleitas.



As duas quadras acima

Têm graves contradições,

Tão fortes que até se estima

Que terão novas versões.



O nosso médium demora

P’ra apanhar fiel ditado,

Mas, tão logo chega a hora,

Desfaz o ar preocupado.



O mensageiro do dia

Só faz o melhor que pode.;

Em matéria de poesia,

Berra, berra, como bode...



A crítica subjacente,

Autocrítica, diríamos,

Não atinge o escrevente,

O que muito sentiríamos.



O nosso caro leitor,

Se o tivermos algum dia,

Receba-nos com amor

E imagine ser poesia

O que damos com ardor

E com bastante euforia,

Nem que tenhamos, somente,

Bem treinado este escrevente.



Não se poderá negar

O grande fluxo dos versos,

Pois chegamos a rimar

Alguns termos controversos,

Assim como o verbo “amar”,

Em poemetos perversos,

Pusemos, com perfeição,

No fundo do coração.



De quadrinhas a oitavas,

Passamos com algum temor,

Com os escudos e as clavas

De novato gladiador,

Com nossas teses escravas

De poderoso senhor,

Que nos impôs a ironia:

“Sai ou não sai a poesia?”



Como disse um companheiro:

— “Sorrir é o melhor remédio.”

Desde então, nosso parceiro

Vem tendo o maior assédio:

Doentes do mundo inteiro

Correm atrás deste médium,

Que, p’ra ver tudo sorrir,

Insiste em nos perseguir.



Quisemos fazer gracinha,

Nessa oitava anterior,

Mas este povo ia e vinha,

Sem enfatizar valor

Daquilo que se adivinha

Sem este humano calor.;

Sendo assim, fiquei frustrado:

Cometi outro pecado...



Admiro-lhe a paciência,

Ao nosso caro escrevente,

Que, com tamanha indulgência,

Vem acompanhando a gente,

Adquirindo experiência,

Tão-só isso, simplesmente,

Acalorado e calado,

Sempre bem acompanhado.



Às vezes, nós escrevemos

Palavras misteriosas,

Que jamais repetiremos,

Por não serem judiciosas,

Como: — “Co’a força dos remos,

Damos mais perfume às rosas” —,

Sem sentido e de mau gosto,

A desonrar nosso posto.



Por força das contingências,

Do sentido da poesia,

As fracas inteligências

Não conseguem harmonia,

Flores em suas querências

Dão perfume à pradaria:

Quando vêem o Universo,

Não extrapolam o verso.



Em versos surrealistas,

Damos mais força ao trabalho.;

Nossas bandeiras têm listas,

Somos cartas no baralho:

Eis aí algumas pistas.;

Se acertarem, me “espantalho”.;

Tudo tem o seu valor,

Quando feito com amor.



Não queremos ir embora,

Sem deixar a despedida.;

Sabemos que está na hora:

A tarefa está cumprida.;

O cansaço não demora,

Devemos cuidar da vida.;

Agradecendo o escrevente,

Só digo adeus — simplesmente.



Ao Pai do Céu vou rezar,

Pedindo paz e saúde,

Para o mundo melhorar

E faça o bem amiúde,

Para nos abençoar,

Que nossa sorte não mude,

Sem que sejamos dotados

Do amor dos nossos amados.



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