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Poesias-->16. POEMA PREOCUPADO CONSIGO MESMO -- 13/11/2003 - 06:41 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A turma que se apresenta

Para os ditados do dia

Tem a inspiração mui lenta

E bem fraca a melodia,

Porém, vamos ver se esquenta

Esta tarde de poesia,

Para o que será preciso

Melhorar nosso juízo.



Começamos com oitava

Bem do tipo de Camões,

Mas o médium esperava

Receber informações

Que escorressem como lava

Das encostas dos vulcões,

Que abrasassem toda a gente,

A começar do escrevente.



Entretanto, o treinamento

Irá ter de persistir:

Estrelas no firmamento,

Eternas em seu luzir.

Amainemos o tormento

Do confrade Wladimir

E deixemos registrados

Alguns versos bem cuidados.



Nosso amigo leva a sério

A nossa apresentação:

São cruzes no cemitério,

São dores no coração,

São corpos no necrotério,

São focos de perdição,

São lágrimas a escorrer

Desejos de bem-querer...



Mudaremos de roteiro,

Se nossos mestres mandarem,

Mas Jesus, no cativeiro,

Não disse aos algozes: — “Parem!” —

Submeteu-se ao madeiro,

Os irmãos a lastimarem.

Da mesma forma, a poesia

Ao suplício obrigaria.



Iremos, pois, prosseguir,

Neste mesmo diapasão,

Perguntando ao Wladimir

Se nós não temos razão,

Só restando admitir

Certa fraqueza na mão,

Pois, para verso perfeito,

A turma não leva jeito.



Nosso fôlego está bom,

As estrofes se completam.;

É perfeito o nosso som,

Nossas rimas não se afetam.;

Só mudaremos o tom,

Para os temas que se aquietam,

Pois para tudo é preciso

Ponderação e juízo.



Caminharemos seguros,

Ao contrário do que espera

Aqueles que não vêem puros

Os intentos desta esfera,

Que têm corações mui duros,

Mais vorazes que os de fera,

Apesar dos titubeios

De que os versos estão cheios.



Quem chegar aos manuscritos

E vir tanta indecisão,

Vai pensar que foi aos gritos

Esta manifestação,

Que estivemos mui aflitos,

Sufocados de emoção:

Errará completamente,

Como prova este escrevente.



As estrofes foram nove:

Já nos sentimos cansados,

Entretanto, a fé nos move

E nos vemos relaxados,

E a esperança nos comove

E ficamos exaltados,

De forma que nosso verso

Já não nos chega perverso.



Se Camões metrificasse

“Os Lusíadas” em versos

Chamados de redondilhas

Talvez nos justificasse,

Nestes temas controversos,

E fizesse maravilhas.



Sua ânsia é natural

Por chegar ao fim do dia,

Pois nosso tema é banal,

Não serve para poesia,

Embora não faça mal,

Também não traz harmonia.;

Serve só de treinamento:

É distração dum momento.



Mas vou partir afinal,

Cheio de satisfação.;

Nossa poesia é sinal

De que temos coração.;

Sem ser intelectual,

Passei alguma emoção.;

Dei trabalho ao escrevente,

Que tudo achou surpreendente.



Mas não pretendo partir,

Sem dizer ao meu irmão,

O escrevente Wladimir,

Que está no meu coração,

Donde nunca vai sair,

Por força da condição

De que é eterna a amizade

Que tem por base a verdade.



Chegada a hora do adeus,

Elevemos ao Senhor

Nossas preces para os Céus,

A rogar com muito amor,

Pelos meus e pelos seus,

Que consigam ter valor,

E pela nossa poesia,

Que se prenhe de harmonia.



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