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Discursos-->A Nossa Amazônia Continua Linda! -- 17/04/2002 - 09:21 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
AMAZÕNIA – ATÉ QUANDO?

(por Domingos Oliveira Medeiros)

Jornalistas têm alertando a opinião pública acerca do interesse de países estrangeiros em abocanhar nosso patrimônio natural, a Amazônia. No entanto, tudo indica que estes jornalistas pregam no deserto, tal o silêncio de nossas autoridades, a respeito.

A Amazônia vem sendo maltratada e descuidada há anos, sem que haja preocupação com a preservação ambiental. Queimadas, garimpagem, contrabandos e outros atos predatórios, reforçam e justificam, de certa forma, aquelas intenções estrangeiras.

E o governo, ao invés de apurar denúncias, punindo eventuais culpados por desvios de verbas prefere, sempre, como tem sido comum nestes casos, a extinção do Órgão, pura e simples, como foi o caso da SUDAM criado, justamente, para coordenar e controlar as ações e os recursos destinados ao desenvolvimento daquela Região.

Aliás, não tenho visto qualquer preocupação ou ação governamental mais contundente em relação às investidas estrangeiras que se fazem contra o nosso território e as nossas riquezas, notadamente na Região Amazônica, a maior, a mais rica em biodiversidade, a mais bela do planeta e que ainda continua sem tratamento adequado por parte deste e de tantos outros governos.

Nesta hora em que as grandes nações, capitaneadas pelos EUA, desenvolvem buscas incontidas para obter a plena e total auto-suficiência de todas as possíveis fontes geradoras de energia, além da perseguição obsessiva à hegemonia e o controle absoluto das decisões de ordem política, econômico-financeira e militar, nosso país parece que não tem nada a fazer, a não ser pagar sua dívidas e, nas horas vagas, sentar-se à praça, com os amigos, para jogar damas ou baralho, esperando sempre pelas eleições, como forma de perpetuação do poder, em benefício próprio, passando ao largo das oportunidades de interferir, com maior soberania, nos rumos mal traçados da economia mundial.

Enquanto isso, a América do Sul pega fogo. Dá sinais de que forças estrangeiras ensaiam o bote fatal, na execução de um cuidadoso plano de inserção, cada vez maior, do nosso continente, que, tudo indica, em sido tratado como quintal das grandes nações, e, atualmente, apenas, fornecedor de matéria prima, a preços subestimado.

E o nosso governo, como de resto, todos os governos da América do Sul, não se entendem politicamente nem economicamente. O Mercosul caminhava a passos de tartaruga e, agora, parece que resolveu dar um tempo. A Europa já acordou. E já deu um passo político importante com a adoção da moeda única, para fazer frente às investidas do dólar.

E nós, com tantas riquezas, com toda a biodiversidade que nos foi legada, com todos os climas do planeta â nossa disposição, com imensas áreas de plantio, ainda não conseguimos demonstrar resultados significativos em relação ao aproveitamento racional da Amazônia, de nossas plantas medicinais, de nossos metais preciosos, de nossos rios e mares, de nossa pesca, e, como de reto, no Brasil inteiro, de nossos produtos principais, como o álcool, a cachaça, o samba, o futebol, a música, e a nossa cultura e nosso folclore, enfim, a nossa indústria do turismo, outro setor que carece, há tempos, de políticas mais sérias com vistas à geração de empregos, melhora da imagem no exterior, com o conseqüente ingresso de recursos produtivos. E tantas outras ações, inclusive no campo da pesquisa, que seria, até, por demais fastidioso a gente aqui elencar.

A preocupação é, e tem sido, sempre, com as eleições. Assim que saem os resultados, tão logo assumem os cargos, recomeçam as estratégias e as ações com vistas às próximas eleições. Aqui acolá uma esmola para o povo. Como foi o recente aumento do salário mínimo. A economia? Vai bem, obrigado. Às nossas custas, diria eu. Pois eles decidem o que fazer e, nós, a população, ficamos com a conta. E, como não temos dinheiro para pagar, cada governo se encarrega de rolar as dívidas e contrair novos empréstimos. E assim caminha o nosso país, aliás, o nosso continente. Até quando?

17 de abril de 2002





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