TRAJETÓRIA
Elane Tomich
Meu Deus, abra-me os sentidos que a vida passa!
Rosários desfilam em mim, pontos de paisagem
No entanto,meu verso acerta e rompe a mordaça
Seguir seguiindo em mim, sou trilho e viagem
Num ponto paro e espero que a dor da argamassa
Aquiete-se, dando-me a mão em nova abordagem
Sou eu, meu próprio peso na dor que fracassa
Reciclo de igual dor, alegria em pilhagem
Bem sei, da lama elástica, lua renascerei
Brilhando tal cristal escorre entre meus dedos
Defino a mim, em mal traçados caminhos da sorte
Em ruas nuas estrelares onde andei
Rompi o trato, dito em guardar segredos
rompendo a vida, tanta ou mais terei a morte.
|