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Poesias-->9. SAUDADE DE VERSEJAR -- 06/11/2003 - 06:34 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Pai nosso, que estais nos Céus,

De nome santificado,

Venha a nós o vosso reino

E feita a vossa vontade.

Dai-nos o pão deste dia

E perdoai nossas dívidas,

Conforme nós perdoarmos.

Livrai-nos das tentações

E de todo o mal, também,

Porque vosso é esse poder,

No reino e na glória. Amém.







Não queremos melhorar

Dizeres que são perfeitos:

Desejamos é treinar

Nossos versos tão sem jeitos.



Eis aí uma quadrinha

Feita num soprar de vento.;

Vem mais uma, que se alinha,

P’ra avançar no treinamento.



Vamos ver se conseguimos

Ir bem depressa ao final.;

Mas para dizer que ouvimos:

— “Que perfeição! Nada mal!”



Como não teremos jeito,

Fazendo algumas facécias,

Abramos o nosso peito

Para estas rimas bem néscias.



Se for o nosso objetivo

Meras palavras rimar,

Não seja o irmão muito ativo:

Basta não atrapalhar.



Mas, se tivermos assunto

Muito sério, de importância,

É bom ter quem sofra junto,

P’ra repartir a ganância.



Às vezes, muito fazemos,

Outras tantas, flutuamos:

Neste caso, pega os remos

Quem nos tem como seus amos.



Está servindo este teste

Muito bem para o trabalho.;

Esperamos que inda reste

Quem nos sustente este malho.



Nem é preciso dizer

Desta alegria tremenda:

Encontramos bem-querer

E médium que nos compreenda.



Por isso, vamos seguindo

Nestes versos tão fresquinhos,

Buscando deixar bem lindo

O poema dos treininhos.



Usamos diminutivos.;

É bem fraca a nossa rima:

Mas são versos afetivos

De quem nunca desanima.



Se tivermos a paciência

De aguardar só um momento,

Com um pouco de obediência,

Acabamos co’o tormento.



Eis que demos a notícia

Que tínhamos para dar.;

Fizemo-lo sem malícia,

Falta agora confirmar.



Será preciso, p’ra isso,

Abrir nosso coração

E cumprir o compromisso

Que temos com nosso irmão.



Eis que o sinal está dado,

Nestas quadras que se estendem.;

Mas tomaremos cuidado

No indicar para o que tendem.



Estaremos de regresso

Dentro de uns poucos momentos.;

É evidente o bom progresso

Destes nossos treinamentos.



Por isso, não temos pressa,

Nesta tarde tão gentil:

Perfeição não há quem peça,

Nestas plagas do Brasil...



Tendo feito um bom rateio,

Coube-me ditar os versos.;

Com eles não me chateio:

Há trabalhos mais perversos.



Ao contrário, é divertido,

Quando acerto esta escansão.;

Não quero ser atrevido,

Mas não me atrapalho, não...



Na Terra, um dia acertei

Algumas rimas fagueiras.;

Mas o mais que ali deixei

Foi um batalhão de asneiras.



Por enquanto me acho bem,

Depois dum bom pelejar.;

Da vaidade fiquei sem,

Por isso é fácil rimar.



Em matéria deste treino,

Jamais me vou preocupar:

É nestes campos que eu reino,

Sem súditos p’ra amolar.



Vou parar as besteirinhas,

Pois já começo a cansar.;

Sou escravo das quadrinhas.;

Mas não lhe quero obsedar.



Ao começar com uns versos

Com conceitos da Doutrina,

Já não estarão dispersos

Os cabelos da menina.



Só vou pôr numa quadrinha

Sentimento poderoso:

É todo poder que tinha,

No caminho pedregoso.



É que desejo falar

Dum gesto de caridade.;

É preciso muito amar,

P’ra que seja de verdade.



Lamento não ter talento,

Para essas coisas mais sérias.;

Mas vou ficar ao relento,

P’ra eliminar as misérias.



Pergunta-me o caro médium

Que farei eu ao sereno.

É p’ra não morrer de tédio,

Pois é local mais ameno.



A insistir ele comigo,

Não hesita em perguntar

Se, quando nervoso, eu brigo,

Ou prepondera o calar.



Pois o nosso caro amigo

Devia ter concluído,

Pelo conselho que sigo,

Que a calma não hei perdido.



Que lhe sirva de lição,

Esse exemplo que lhe dei.;

Me brotou do coração:

Por um momento, fui rei.



Quero agora concluir,

Deixando abraço apertado

Ao querido Wladimir

E aos amigos deste lado.



Este aqui que lhes falou

Muito a medo vem dizer

Que seu nome não deixou

Seu caro amigo escrever,

E é o bom conselho que dou

P’ra se alcançar bem-querer.



Resta agora agradecer

Esta paciência de todos,

P’ras rimas que vim fazer,

Que bem merecem... apodos.



Ao Pai do céu, finalmente,

Deixo aqui o meu pedido:

Olhai por toda esta gente

Que tão boa me tem sido!



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