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Infanto_Juvenil-->A FLORESTA QUE ENCANTOU O PEQUENO CAÇADOR -- 04/01/2003 - 14:57 (Maria Helena Pelizari Eiras) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Em uma tribo bem distante da cidade, cercada pelas verdes matas no meio da floresta, mora um indiozinho chamado Tatuã, pequeno e teimoso,seu maior sonho era se tornar um grande caçador.
As crianças desta tribo que possuem 10 anos saem da aldeia para aprender a caçar junto de seus pais, aprendem como caçar, como fazer uma boa armadilha e o que podem caçar, mas não levavam Tatuã, o pequeno ficava muito triste, pois sua vontade era de caçar.
Quando via os outros indios irem caçar, seguia, mas quando chegava na beira da mata, logo escutava, volte Tatuã, e ele voltava todo chateado e chorando com seu arco flecha arrastando pelo chão.
Entre tantos soluços Tatuã, alisava e limpava seu arco e flecha, e reclamava com sua mãe:
- Mãe, quero ir caçar, por que não posso?
Já tenho arco e flecha!
Sua mãe calma e paciente lhe dizia:
Ah! Tatuã sua hora vai chegar!
Você é novo! Só tem 6 anos! quando fizer 10 anos seu pai vai te ensinar o segredo e os misterios da floresta, e outra coisa meu filho, na floresta existe muitos animais perigosos como a temivel onça, a perigosa jaguatirica, as traiçoerias cobras e outros.....
Seu pai vai te ensinar como se defender de todos estes perigosos animais.
Tatuã mais que depressa, estufou seu peito e disse: - Com meu arco e flecha caço a onça e mato a cobra.
Sua mãe sorriu e sentiu orgulho de seu filho, tão pequeno e tão valente!
Tatuã, sempre ia até a beira da mata, mas quando ia entrar, lembrava das palavras da mãe e amendrontado, retornava para tribo.
Todas as noites sonhava que estava caçando, e no sonho se sentia feliz, foi depois de um sonho que ao acordar Tatuã decidiu, que iria entrar na floresta e caçar o maior animal e sua mãe iria ter muito orgulho dele.
Naquele dia Tatuã alisou muito seu arco e flecha e sempre olhando para a mata e imaginando como se sairia la.
Tatuã foi para a beira da floresta, sentou e ficou observando, escutava os cantos dos passaros, e sentia uma profunda satisfação com aquilo que mais lhe parecia uma grande sinfonia.
Avistou dezenas e dezenas de borboletas e entre elas uma lhe chamou a atençao sua asas eram azul da côr do cêu, e tinham contornos dourados, ficou tão fascinado pela borboleta que passou a segui-la. A borboleta fazia vôo em torno de seu corpo, e ele todo feliz continuava a segui-la.
Quando percebeu, já estava dentro da floresta, todo radiante com seu arco e flecha, começou a andar, andar e nada de aparecer uma caça, mas o valente indio não desistia e cada vez mais estava entrando na imensa floresta, quando notou que sempre saia no mesmo lugar assustou, estava perdido, tentou achar o caminho de volta mas a floresta lhe parecia um labirinto.
Tatuã chorando sempre pensava no que sua mãe havia lhe dito, o perigo da floresta.
Precisava achar um lugar seguro para descansar, pois a noite começava a surgir, foi quando ele avistou a primeira caça a temivel onça com seus filhotes, armou seu arco e flecha, mas viu que a Dona Onça amamentava seus filhotes, não teve coragem de atirar a flecha.
Dona Onça agradeceu e perguntou:
- Pequeno indiozinho esta perdido?
Ele com ar de caçador respondeu,
- Não, eu sou caçador só caço a noite.
Dona Onça percebeu o medo no olhar , mas não disse nada.
O canto da coruja ao longe se ouvia, ele continuava a andar em circulo, procurando um lugar seguro. Na aldeia sua mãe estava desesperada com seu desaparecimento.
Todos o procurava por toda redondeza da Aldeia. De repente sua mãe falou: - tenho certeza que ele foi para a floresta, lá é perigoso e algo ruim vai acontecer com ele, e todos foram procura-lo.
Todo medroso, ele avistou a Dona Coruja, e pensou esta presa é pequena.
Dona coruja falou: ola! indiozinho não tem medo da floresta, ainda mais quando esta para anoitecer????
Todo covencido disse: sou caçador só caço a noite.
Dona coruja notou que ele estava perdido e que tinha bom coração, imediatamente pediu para que os vaga-lumes para acompanha-lo pois a noite estava para cair, e a mata ficaria muito escura para o pequeno, então os vaga-lumes se tornaram uma lanterna para os olhos do indiozinho.
Dona Coruja também passou a segui-lo sem que ele a nota-se, e pediu ajuda dos macacos para jogarem frutas por onde ele anda-se, e os macacos
deixavam banana, coco, jenipapo etc....
Tatuã coomia e bebia, achando que já que podeia arrumar comida, ficou valente estufou o peito e foi novamente atras de uma caça, foi quando deparou-se com centenas e centenas de coelhos que pulavam de um lado para outro, Tatuã armou seu arco e flecha e ficou pensando: Se eu caçar uns 20 coelhos, são pequenos, mais um monte vai dar um grande banquete e vai ser uma grande festa na Aldeia, todos vão me considerar um bravo caçador.
Com seu arco e flecha armado foi atirar no coelhinhos, neste instante oe coelhos pararam de pular e assustados começaram a chorar!
Tatuã ficou comovido e notou o medo no olhar dos pequenos coelhinhos, rapidamente abaixou o seu arco e argumentou." quero caçar animal grande, vocês são muito pequenos, e chegar com presa pequena não vai me tornar um grande caçador".
Os coelhos voltaram a pular de um lado para outrode felicidade, e o pequeno continuou a andar e passou a observar como era bela a floresta, logo viu um bando de macacos, que pelavam de galho em galho, achou engraçado os macaquinhos grudados nas costa da mãe macaca.
E ali ficou por varias horas, passando a escutar o som da floresta pois a escuridao tomou conta de toda a floresta.
Pensou: Tenho que sair desta floresta, minha mãe deve estar preocupada!
Mas o que Tatuã não sabia era que dentro da imensa mata que o cobria existia muitas armadilhas.
Quando derrepente ouve-se gritos:
- socorro, socorro, socorro!
Tatuã caiu dentro de um enorme buraco, fundo e muito escuro, tão escuro que os vaga-lumes não conseguiam clarear.
Os coelhos ouvindo os gritos correram para a beira do buraco e assustados olharam um para o outro e perguntaram:
- Como vamos ajuda-lo?
Ouviu-se então uma voz:
- Dona coruja disse: vou buscar ajuda! Todos da floresta sabe que ele é bom, Mais que depressa Dona coruja saiu voando e avisou Dona Onça que com seus filhotes saira também a procura de ajuda.
Dona Onça avisou os esquilos, os macacos e a noticia correia por toda parte da floresta,e os bichos começaram a ir para a armadilha.
Rapidamente, o buraco ficou cheio de animais, querendo ajudar, mas nada conseguiam pela profundidade do buraco.
Os vaga-lumes vinham de todas as parte da floresta, e cada um que chegava, clareando ia o buraco fundo e escuro.
Os macacos tentaram, fizeram de tudo, mas nada conseguiam.
Tatuã notou que os animais todo o tempo e estavam protegendo.
Hei macaco! Você que jogava frutas para mim, não era eu que achava. Os macacos pulavam e batiam no peito num gesto de dizer sim. Tatuã ficou mais tranquilo, apesar de estar dentro do profundo buraco, sabia que os animais o protegiam. Apesar de varias tentativas os animais estavam tristes em volta aquela armadilha.
As horas iam se passando e a madrugada chegando, foi quando começou a surgir várias cobras: sucuri, cascavel, coral eram inumeras cobras.
Dona sucuri teve uma ideia e falou:
- Já sei como tirá-lo da armadilha!
Se cada uma de nós der um nó uma na outra faremos uma corda para puxá-lo.
Foi então feita a corda e o pequeno subiu pelas cobras.
Quando saiu do buraco ficou assustado com tantos bichos que estavam ali para ajuda-lo. Os coelhos felizes pulavam por cima de Tatuã.
Dona Onça notou que ele estava com a perna machucada.
- Ele, está machucado, olhe a perna dele!
Dona macaca pegou dois galos do tamanho da perna dele e com folhas de bananeira e cipó fez com que a perna do pequeno ficasse imobilizada.
A floresta ficou em festa, os esquilos traziam nozes, os macacos bananas e côcos, os papagaios jenipapos. exausto de tanto comer, e com o susto que levou caiu num profundo sono, e os bichos ali ficaram, Dona Avestrus sentou perto e abriu suas asas para cobrir o pequeno valente, passado horas, ao amanhecer, os bichos ouviram um barulho na mata e logo se escoderam observando de longe.
TATUÃ, TATUÃ, minha criança acorde! acorde!
Sou eu sua mãe, esta machucado!
Abrindo seus olhos ficou feliz em ver sua mãe, e começou a pedir desculpas.
Sua mãe perguntou: O que caçou?
E o pequeno Tatuã olhou para os lados e viu os coelhos que batiam as patas de felicidades, os macacos que pulavam de galho em galho, a coruja que cantava e a borboleta azul com contornos dourados. Compeendendo tudo, respirou fundo e disse:
Caçei mãe, caçei muitas coisas, entre elas amigos, honestidade e sinceridade, nesta floresta agora só entro para ver meus amigos de verdade.
O valente Tatuã voltou para a tribo todo feliz, e sempre que sente saudades vai na floresta visitar os amigos de verdade.




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