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Poesias-->A rosa -- 04/11/2003 - 19:06 (Gabriel Vinicius Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Entre tanta sujeira, e imundície

um belo dia apareceu uma rosa

Nasceu assim, no meio do nada

imponente, lasciva e cheirosa



Pétalas de seda, como convêm a estas flores

De um rubro vivo e intenso

Deixou atônitos todos os moradores

daquele bairro miserável e imenso,

daquela cidade de tantas dores...



E olhavam, olhavam, olhavam...

Pensavam, ninguém entendia direito

O que poderia ter acontecido?

Como algo tão belo poderia florescer

em um lugar tão imundo?



Os mais velhos palpitavam

alguma explicação religiosa

A cabeça coçavam

todos olhando, em volta da rosa



Os mais novos diziam

ser aquilo completa besteira

Sempre ali houve porcaria

Então seria mais uma sujeira...



Chamaram o médico, o juiz, o padre

Chamaram o advogado, o lixeiro, o compadre

Chamaram o policial, o bombeiro, o açougueiro...



Ninguém sabia explicar

O que diabos era aquilo!



Decidiram chamar o poeta

Que desde o começo da confusão

Observava tudo, de forma discreta

Demonstrando uma grande obsessão.



O poeta, ainda pensativo, disse

Que não poderia saber o que se passou

Se a rosa brotou de tanta imundície

Ou se um belo jardim o lixo inundou



Cria ele ser uma demonstração da vida

Disse ser a rosa a paixão

E a sujeira um coração.



Um coração sem paixão, é imundo, é cinza, é confuso.

Um coração onde a paixão começa a florescer é como o lixão com a bela rosa.



O acaso faz uma rosa nascer em meio à imundície

Mas não transforma o lixo em jardim

O acaso acende a centelha da paixão

Mas não inunda de rosas um coração



Caberia a todos limpar a sujeira e plantar mais rosas

Cabe a cada um de nós limpar nossos corações

E enchê-lo de belas rosas vermelhas...







Gabriel Vinicius Moura

www.gabrielmoura.blogger.com.br

tarara@terra.com.br

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