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Poesias-->Às boas meninas que levam vocês de mim... -- 01/11/2003 - 18:47 (claudia rozenfeld) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No marasmo dessa vida de certezas, estabilidade é o que você pode oferecer, e o pior, há quem possa isso querer... E te querer... E te querer até morrer, na alegria, na tristeza, na saúde, na doença e no tédio de uma vida inteira. Abençoada seja toda essa pobreza e miséria emocional .

Entre uma escova e outra no salão da esquina, mude, mude a cor do seu cabelo...È só isso que pode mudar princesinha. Embaixo dessas unhas bem-feitas, perfeitas, polidas não há mais o instinto de lutar, de amar. Passo-te minhas afiadas garras até você sangrar e acredite é assim que faço teu homem gozar.

Ah elegante “patricinha”, não vá agora chorar. Suas lágrimas comedidas que escoam em velocidade precisamente premeditada a mim não vão impressionar...

Já as minhas dores jorram dos olhos formando no chão uma turva poça para te afogar. Nesse imenso oceano você não pode nadar pois seus dóceis cabelos vão pela primeira vez se embaraçar e te algemar.

Lágrimas e suor, dor e prazer que exalam do meu corpo cansado e feliz de ser literalmente o que quiser. Cada segundo ser o que quiser nessa minha dialética forma de viver onde a contradição, encenação e o paradoxal não tem o compromisso de se encontrar numa conclusão final.

È menininha mimada, vá para casa pois já vai escurecer e não conheces o prazer do caos de não se estar preso aos relógios... aos olhares inquietos dos velhos caretas que podem na rua te apontar, comentar, deve ser péssimo ter uma reputação a zelar.

Ah... Essa minha deliciosa instabilidade, humor de montanha russa, agressividade e doçura psicodelicamente misturados te assustam e te excitam, na verdade te inspiram.

Não vai adiantar macular tão casto corpo com coloridas tatuagens de borboletas, corações e estrelas em íntimos e reservados locais do seu corpo, desconhecidos até por você mesma.

Não vai adiantar entre quatro paredes fingir que você sabe se tocar, com esse jeitinho sem sal. Não, não vai adiantar querer me imitar... A minha mais inusitada performance é a pura expressão de tudo que você queria ser e ele queria ter. Então julguem, me chamem de louca, imprevisível, digam que eu não sirvo para amar, matem-me para desse tentador incômodo se livrarem. Mas na hora que os pombinhos forem delicadamente repousar é dos seus sonhos que eu vou infernalmente ressuscitar.

31/10/2003

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