Usina de Letras
Usina de Letras
45 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62137 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10447)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10331)

Erótico (13566)

Frases (50547)

Humor (20019)

Infantil (5415)

Infanto Juvenil (4748)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140778)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6172)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Creche ou cabaré? -- 14/05/2002 - 23:20 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CRECHE OU CABARÉ?



Francisco Miguel de Moura *





O medo que se tem quando se fala em coisas da moral e dos bons costumes é ser confundido com os moralistas da TFP ou do neonazismo. Não é nada disto, meus irmãos. Fiquem tranqüilos. Sou um defensor da família porque sem ela a sociedade padeceria grande desgaste, advindo decadência ou sua dissolução. Não sou nenhum sociólogo, mas dou os meus pitacos, pelo que observo como um homem comum, uma criatura de bom senso. No meu entendimento, o socialismo na URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) não demorou muito por causa do propósito dos programas do Partido Comunista de liquidar a família.

Há bem pouco tempo, o Ocidente cristão e capitalista, agora globalizado (não seria melhor deixar de eufemismo e dizer: americanizado?) defrontou-se com uma propaganda midiática de praticamente a extinção da família. Hoje, estabelece-se uma espécie de campanha cerrada pelos meios eletrônicos (rádio, internet e televisão), no que tem o acompanhamento da grande imprensa escrita (revistas e jornais), para dizer que certo é os pais de família aceitarem e até mesmo pregarem que as filhas (e os filhos) devem trazer seus “namorados/as” para casa, viverem juntos por alguns dias as experiências extraconjugais, e continuarem mudando de par, trazendo outros e outros para o ninho paterno (materno também), até que algum dia dê certo uma união semipermanente, enquanto a primeira briga não os separe, deixando atrás a récua de filhos para que seus pobres pais (no caso avós) criem, eduquem, procurem empregos para eles e reconciliação para os pais transviados etc. etc. É o tal do “amor livre” à custa dos velhos. Estes novos pais-avós – verdadeiros palhaços – vão aceitando, assim, que a família de moderna se torne patriarcal como antigamente. Em termos de economia é um retrocesso. Em termos sociais, também. É um fracasso. Com pena das filhinhas, que precisam ter suas experiências pré-conjugais (ou nunca conjugais) as mamães vão convidando os marmanjões e os papais os vão suportando. E, dessa forma, mesmo com a pílula comum, ou a do dia seguinte, a chamada casa paterna (pode também ser materna, hoje, com o novo Código Civil) vai virando um inferno de tanta gente para ser sustentada, ensinada, educada, empregada etc. etc. Às vezes a “netarada” é tanta que assusta. Outras vezes até trazem filhos do parceiro do acasalamento anterior. E então aquela história do parentesco virou uma mixórdia, ninguém entende mais a nomenclatura antiga. E ninguém teve tempo de inventar uma moderna. Porque as transformações são muito rápidas.

Neste caso, se as meninas, nas suas várias experiências extraconjugais, não tiveram filhos (mas normalmente se acasalaram com diversos parceiros – uma de cada vez, penso, ainda bem! – por pouco tempo, por causa das brigas, ciúmes, etc.), a chamada casa paterna (ou materna), coitada, vira mesmo um cabaré. Moderno, mas cabaré. No primeiro caso, aquele dos muitos filhos (para os velhos: netos, bisnetos, ou o que for, vindo de outro parceiro não seu consangüíneo), nós diríamos – quem diria? – que a casa paterna/materna virou uma creche. Creche particular, mas creche. Um pandemônio.

A família brasileira precisa de um alerta: os pais não amolecerem tanto. Fibra. Durante a adolescência (a verde adolescência) é que os filhos têm mais força para o estudo e para enfrentar a dureza da vida, se lhe dermos um empurrão, se lhes mostrarmos que deve ser assim: Amor livre, sim, mas sexo só com responsabilidade, nada de aborto também e só devem procriar com responsabilidade. A pregação da irresponsabilidade dos menores pelas revistas, rádio, televisão, jornais, internet, só vai complicar o quadro de pobreza mental e espiritual do homem e da mulher de amanhã. E conseqüentemente o pauperismo físico. Para tentar um basta nisto sugiro às famílias do nosso imenso Brasil a criação de uma sociedade responsável para o sexo – não importa se com casamento ou sem ele, mas com responsabilidade. Toda e qualquer forma de veiculação de tais programas e incentivos do chamado “amor livre”, que de livre nada tem, deve ser combatida democraticamente. É um direito que os pais devem usar.

_________________

* Francisco Miguel de Moura é escritor, membro da Academia Piauiense de Letras

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui