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Artigos-->DESCULPE-ME, MINISTRO ALISSON PAULINELI -- 01/02/2021 - 09:56 (HENRIQUE CESAR PINHEIRO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

DESCULPE, ALÍSSON POALINELLI



 



 



         Em 1980, formei-me em contabilidade pela Faculdade de Ciências Contábeis de Administrativas Morais Júnior, entidade na época mantida pelo Conselho Federal de Contabilidade e uma das mais renomadas do Rio de Janeiro em Ciências Contábeis.



            Com muito sacrifício consegui o tão almejado diploma, pois a faculdade, embora relativamente barata, para minhas posses na época era muito cara; consegui pagar as mensalidades jogando futebol de salão e futebol de campo pela seleção da faculdade. Por isso, consegui ter meia bolsa de estudo. Mesmo tendo a duras pernas me formado, com notas muito boas, tendo obtido a décima segunda colocação no vestibular, que teve aproximadamente dez mil candidatos, estudando à noite e concorrendo com as turmas diurnas, não participei da formatura.



            Na época, como todo jovem e principalmente estudante universitário, tinha tendências esquerdistas, doença da qual me curei bastante tarde, depois da eleição do Ladrão Cachaceiro Batedor de Carteira de Nove Dedos; não era um militante propriamente dito, mas fazia parte do diretório acadêmico e defendia as ideias esquerdistas com muito afinco. E nessa condição de esquerdista, recusei-me a participar da festa de formatura, inclusive meu nome não consta da placa de formandos daquele ano, por pura idiotice: o paraninfo da turma seria ALISSON PAOLINELLI,             ex-ministro da Agricultara do governo Geisel, de 1974 a 1979.



            O Brasil, como toda sua extensão territorial, era um grande importador de alimentos. Com Alisson Paolinelli à frente do Ministério da Agricultura isso começou a mudar. A partir de sua assunção ao posto, ajudando a criar a Embrapa, que influiu decisivamente na expansão da produção de alimentos no Brasil, principalmente pela exploração das terras do Cerrado. Hoje, somos um dos maiores produtos de alimento do mundo, o que gera inveja às potências mundiais; criando um cenário de guerra fria inclusive por conta de nossa capacidade produtiva.



            Nosso país nunca ganhou um Prêmio Nobel, feito conquistado por países bem menores do que o nosso, como Argentina, Chile e pasmem, a Guatemala. Esse ano isso pode mudar. E como? Allisson Paolinelli, por sua contribuição na produção de alimentos não só para sustento de nosso país, mas para o restante do mundo, foi indicado para ser homenageado com a comanda por empresários brasileiros do ramo alimentício e também estrangeiros.



            O trabalho desse grande brasileiro poderá nos trazer uma honraria jamais vista no país, orgulhamo-nos de tantas conquistas esportivas, principalmente no campo do futebol, porém outras conquistas não nos dão tanta alegria, e jamais nos empenhamos em receber uma homenagem tão grandiosa como essa e o reconhecimento da capacidade e do trabalho de nosso povo.



            Congratulo-me com nosso ex-ministro e a ele peço desculpas por minha intolerância política, que como a de todo esquerdista, não sabe reconhecer a grandiosidade das pessoas, a não ser daquelas que pensam iguais a eles. Hoje, envergonho-me da minha atitude, que como consequência, não permitiu nem mesmo minha foto na ala dos formados da faculdade, formação que me trouxe tantas alegrias e me deu uma vida digna. Infelizmente, é tarde para o arrependimento, mas que sirva de lição para tantos jovens que militam na esquerda, influenciados por pessoas inescrupulosas que não pensam no futuro de nosso povo, mas tão somente num projeto de poder.



            Mesmo que nosso grande ministro não venha a ser o ganhador do prêmio, sua indicação já é uma grande vitória por seu trabalho e eu me sinto também agraciado de uma forma ou de outro com esse prêmio, pois me trouxe gratas recordações e me fez refleti sobre nossa visão de mundo.



            Felicidades, ministro.



 



 



                                    HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO



                                    FORTALEZA, FEVEREIRO/2021


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