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Artigos-->DESINFECÇÃO GERAL DO PLANETA -- 17/01/2021 - 04:55 (João Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

DESINFECÇÃO GERAL DO PLANETA
João Ferreira
 

Oriundo de cavernas orientais onde colônias numerosas de morcegos fazem libações secretas, o dedo do Chefe Supremo resolveu escolher para aviso e salvação do mundo uma pequena entidade, que caminharia pelo mundo como arauto de novas causas na Terra. Ganharia o nome de Corona vírus, um veneno remédio que caminharia pelo mundo com sua coroa de Imperador obedecendo às ordens do Chefe Supremo. Iria armado até aos dentes e vestindo roupas mutantes, que o protegeriam até que novos exércitos mais poderosos pudessem ser formados para o derrotar. Iniciou sua viagem pelo mundo ainda jovem, e tão seguro estava de sua identidade e força que decidiu colocar entre suas prioridades o projeto de desinfecção geral do planeta, circulando e dando suas ordens de contenção pelo mundo. Sua primeira estação foi em Wuhan, na China, no final do ano 2019. Foi aqui que ele organizou seu plano geral de avanço sobre as comunidades humanas. Observava nelas muita arrogância, muito desprezo pelo planeta, muita desatenção pelas leis gerais da Natureza que protegem o próprio homem. A poluição atingira recordes inauditos. A atmosfera quase irrespirável. Os gases de carbono ameaçando a vida na terra. Havia que fazer um stop no mundo. Abriu pistas, construiu estradas, encomendou aviões e distribuiu suas hostes par viajarem pelo mundo. Hoje tem seu império instalado. Precisamente no mês de abril, que começa seu calendário declarado mentiroso, sua hegemonia mundial ganhou foros de Império do século. Até a arrogância americana representada por Donald Trump baixou as bandeiras e se rendeu ao novo senhor. Até agora não houve dólar que o fizesse recuar.  Apenas alguns heróis chineses, americanos, ingleses, italianos, espanhóis, franceses, brasileiros, indianos, russos e alemães o questionaram e se opuseram cientificamente à sua dominação através de pesquisa ou criando vacinas. A sociedade humana, até aqui arrogante e orgulhosa estava desrespeitando as leis naturais da terra. Sabia que o planeta tinha de ser respeitado. Mas desprezava qualquer reverência e qualquer respeito pelas leis da natureza. Poluiu os campos, poluiu os rios, poluiu os oceanos, mutilou as florestas. Nossos rios e nossos oceanos foram irresponsavelmente poluídos e contaminados até ao extremo. Os mangues invadidos pela poluição. Pobres animais tentam viver nesse chiqueiro. Crianças pobres não têm casa com saneamento básico. Vivem em barracos construídos junto de ribeirões imundos onde as garrafas de plástico e o lixo comum e todos os resíduos de poluição são lançados.
Agora chegou o Imperador. Todos morrendo de medo. Alguns vão pagando com a morte. Outros vão desrespeitando normas e abrindo o flanco à contaminação. Mas a maioria se recolheu. Melhor ficar em casa do que ir para a rua à toa e aceitar a morte ingloriamente. Os governos acham que ainda não têm exércitos para se oporem às tropas do novo Imperador. Convencidos de que ignorar a força do Imperador seria ditar a própria morte,  decidiram pedir a seus cidadãos que fiquem em casa. A primeira vez que os comandantes de exércitos humanos falam a seus soldados para ficar em casa. Acham e com razão que não adianta aceitar o desafio do inimigo e ir para a batalha sem antes terem a certeza de que têm armas para o combater. Têm que se armar primeiro. Até o arrogante Trump que tinha mandado anunciar com douradas trombetas a mensagem de que a América estava acima de todos, que era superior ao resto do mundo e tinha um  primeiro lugar garantido (America first!), chegou à conclusão de que a América é igual a todos os outros.  Tão igual que ele se convenceu que os americanos  também ficam doentes, também vão para as enfermarias, também morrem e vão para o cemitério. O Coronavírus é o novo Imperador que manda na América. Suprema humilhação. Trump, com muita raiva, assina o armistício. A América tornou-se a presa desejada do novo Imperador. Muitos americanos foram e estão sendo tomados como reféns por ordem do novo Imperador.  E na maior humilhação que é dada a um presumido e arrogante Presidente, a América, recordista mundial de casos e de mortes por covid, tem de comprar os insumos básicos para fabricação da vacina contra o novo imperador, de seu maior rival que é a China. Isto, para tentar se salvar. No Brasil, esperamos que Jair Bolsonaro desça a tempo de seu pedestal, reconheça sua condição mortal e de homem vulnerável, aceite a vacina e faça pelo menos como seu mestre Trump, agora derrotado, que preventivamente e milagrosamente, na ilusão de que iria se perpetuar no poder,  providenciou a compra das vacinas Pfizer e Moderna, que seu sucessor Joe Biden, agora organizadamente através de um cuidadoso plano de distribuição por todo o país irá garantir a todo o cidadão norte-americano.

 

 

Comentarios

Lita Moniz  - 18/01/2021

Mais um excelente texto literário, crônica talvez, um presente de João Ferreira,para seus leitores e admiradores, que já são muitos e a crescer cada dia mais.

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