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Cordel-->A SOJA DO PRESIDENTE -- 14/10/2004 - 19:19 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A SOJA DO PRESIDENTE
(Por Domingos Oliveira Medeiros)
(-com correções-)

A medida provisória
De caráter permanente
Assinada no escuro
Não se fez clarividente
Muita gente reclamando
Outro tanto apoiando
No final, sobrou pra gente

Alguns dizem que a medida
É inconstitucional
Ela não levou em conta
O impacto ambiental
Exigência já prevista
Afirmou o bom jurista
Na legislação federal

Tem mais coisa escondida
Na medida tão falada
Autorizando o plantio
Soja não licenciada
O governo se deu mal
Pratica ato ilegal
De maneira disfarçada

Contraria a Convenção
De cunho internacional
Assinada em Estocolmo
De defesa ambiental
Da biodiversidade
Assinada na cidade
Que foi nossa capital

A convenção discutida
Lá no Rio de Janeiro
Ano de noventa e dois
Onde o Brasil altaneiro
Assumiu o compromisso
De não se tornar omisso
Seria ele o primeiro

A zelar pelo planeta
Combater a poluição
Tudo que for necessário
Para a população
Para o meio ambiente
De maneira permanente
A grande e nova missão

Mas a coisa não andou
Não houve mais discussão
A medida assinada
Desconsiderou a questão
Da tal da transgenia
Sujeita à pirataria
E à falsificação

O enfoque está errado
Só ficou a garantia
O homem foi preterido
Pela tal da Economia
Interesses por dinheiro
De governo e fazendeiro
Inverteu-se a primazia

Pensou-se mais na receita
Da pauta de exportação
O país ta precisado
Desse produto em questão
Do lado do fazendeiro
O pensamento primeiro
Os ganhos na produção

Fez-se de desentendido
Ao que disse o cientista
Sobre os males possíveis
De cunho ambientalista
Ainda não há garantia
Dessa tecnologia
Afirmou o ecologista

Até porque, é sabido
O mundo tá complicado
Cada vez aparecendo
Produto falsificado
E não adianta prever
Se alguém vier a morrer
Que o produtor é culpado

Conforme o artigo oitavo
Para ele é transferido
A responsabilidade
Por qualquer dano havido
Ao homem e ao ambiente
Pelo uso decorrente
Do que foi modificado

Na prática, esse governo
Desse modo reconhece
Que a medida é lesiva
Talvez, por isso, ele apresse
Sua pronta aprovação
Em prejuízo da razão
Que a todos entristece

A questão não é relevante
Nem sangria desatada
Pra merecer tanta pressa
Decisão precipitada
Se vier o indesejado
Chorar leite derramado
Não adianta mais nada

Vamos ver se o Congresso
Modifica a decisão
Rejeitando a medida
Evitando a confusão
Não há, ainda, consenso
É um caso de bom senso
Essa é minha opinião

É preciso ter em mente
Até remédio estrangeiro
Foi aqui falsificado
E o pobre do brasileiro
Doente e desempregado
Toda vez é enganado
Até pelo companheiro

O Lula, já em campanha
Para ser o presidente
Era contra a medida
Estava do lado da gente
Mas depois que foi eleito
Mudou de pronto o conceito
De forma inconseqüente

Mudou da água pro vinho
Político modificado
Fez a sua transgenia
O presidente clonado
Vive agora viajando
Igualzinho ao Fernando
Deixando o povo de lado

Logo ele, quem diria?
Liderança cultuada
Foi só mudar de poltrona
Não se lembra mais de nada
De paletó e gravata
Diz que tudo foi bravata
Geneticamente alterada























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