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Poesias-->COROA DE SONETOS -- 23/10/2003 - 23:37 (Célia Lamounier de Araújo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


COROA DE SONETOS:A UM VULTO



(a duas mãos, por João e Célia, são 15 sonetos)





1- João Justiniano da Fonseca - BA - 09.09.03

1 - Sozinho, Deus, assim como nasci,

vejo-me hoje, nos oitenta e três.

Lei do destino ou lei de Deus, as leis

são para ser cumpridas, e as cumpri.

Lutei, suei... O sonho consenti

a sábios e boçais, a reis e greis!

Se hoje ainda tivesse, outra vez

oferecera-o, como ofereci.

Voltar atrás, poder voltar à infância

e começar de novo, estância a estância,

desde a picula ao baba, escola e estudo...

Ir-me em seguida ampliando, passo a passo:

Mais esperança e fé, que ao mundo, eu acho,

É tão pequeno este meu sonho mudo.





2 - Célia Lamounier de Araújo -MG-21.09.03

2 - É tão pequeno este meu sonho mudo

saber viver sem trégua e sem temor,

buscando ser sempre feliz em tudo

na troca de palavras mais amor.

Estar crescendo numa casa tal

que tenha bom conforto e ambiente

onde existir é ter um ideal

viver por ele e estar ali presente.

Seguir vivendo plena de amizades

na busca ideal de luz e verdades

construir igualdade e ser querida

Por muito tempo estar sempre contente

e plantar distribuindo a semente

de ter amor e ser retribuída.





3- João Justiniano - 21.09.03

3-De ter amor e ser retribuída

é o ideal, o sonho da mulher.

Ser a esposa ou a segunda, é ser qualquer.;

quer ser a única, não dividida.

Por isso ela me disse na partida:

não voltes nunca mais, quero viver

sem nunca ouvir falar de ti, sequer!

E viverei feliz por toda a vida.

Busca outra, que outro eu buscarei.

O amor há de ser simples como a lei

do coração. E há de ser puro em tudo.

Guarda como lição essa palavra:

minha sede de amor é sede brava,

meu corpo aceso guarda um grito agudo





4 - Célia Lamounier em 24.09.03

4 - Meu corpo aceso guarda um grito agudo

que vai rolar ao infinito mar

pois com a felicidade, se me iludo,

irei cantar, dançar, de amor gritar.

Ao vento, ao rio, ao mar, gritar ao céu

irei na eterna busca de um alguém

sincero, bom, correto, andante ao léu

que junto a mim será feliz também.

Por esse alguém hei de me reflorir

em flor e fruto ou rosa a repartir

num tempo de nós dois, amor e vida.

E dia e noite, caminhando a dois

vamos assim no passo a passo pois

minha alma virgem quer ser possuída.





5 - João Justiniano 24-09-03

5 –Minha alma virgem quer ser possuída

em igualdade de pureza e amor.

Se o corpo é luz e fogo, puro ardor,

a alma é luz e lírio branco, vida!

A alma da gente unida ao corpo, ama

com intenso calor e igual desejo...

E somam-se no amor, sopro e realejo,

num grito único de acesa chama.

Assim não foi. Teu corpo ao meu unido,

a alma me relegaste a um só gemido

de dor profunda, enorme, verdadeira.

E eu, curtido de mágoas, dor, complexo,

vi que sem alma, falta amor no sexo:

- é tão pequena a vida passageira...





6 - Célia Lamounier em 06.10.03:

6 - É tão pequena a vida passageira

se o tempo escoa breve encaminhando

os passos, corpo e alma pela beira

estreita do horizonte, céus buscando.

Pequena a vida pode ser imensa

querendo por amor ao céu chegar,

amar é ser feliz, ter vida intensa

crescer, evoluir, com Deus andar.

E no desabrochar desta existência

encontra-se o saber com paciência,

mistérios de um amor são desvendados.

Pequena a vida é feita de saudade

porque estão vivendo na realidade

o homem e a mulher tão separados.





7 - João Justiniano em 8-10-003

7 - O homem e a mulher tão separados,

em divórcio de amor, de corações!

O terrorismo e a guerra entre as nações,

velhos padrões morais estiolados.

O homem se esquece de que Deus existe

e existem calendário e esgotamento.

Galo na rinha e rei sem sentimento,

castiga, mata e esfola - espada em riste.

Não há fronteiras entre o bem e o mal,

a vilania e o furto têm floral,

passeia o mundo na total cegueira!

O mal cavalga o tempo e prevalece

o amor se esgota e morre numa prece...

amor é ave de arribação, ligeira...



8 – Célia Lamounier em 11.10.03

8 – Amor é ave de arribação, ligeira,

chegando vem do além do arco-íris

trazendo-me esperança alvissareira

de que não vais de mim, jamais, fugires.

Coração meu, de amor gaiola aberta,

sonhando corpo e alma bem querer

espera o canto, na jornada incerta

do pássaro amor lhe reconhecer.

O tempo passa... O amor já não me vem.

fica o corpo lasso e a alma também

com sonhos e desejos abafados

Descobrindo afinal grande verdade:

o amor é ave rara de saudade

que pousa sempre em galhos desligados.





9 - João Justiniano em 12-10.03

Que pousa sempre em galhos desligados?

- O amor, o sonho, a terna fantasia

que ilumina a esperança dia a dia

e amplia a mora dos desconsolados?

Se pulsa o coração e a alma estremece,

se a vida te sorri e a alegria

permeia e eleva a alma, se a harmonia

canta, composta em módulos de prece...

Porque não esperar que o edifício

erguido alto marque o frontispício

de festivos brasões, felicidade?

Porque não esperar que na quermesse

da vida, novo amor não te acontece,

abandonada e plena de ansiedade?





10 – Célia Lamounier em 12.10.03

10-Abandonada e plena de ansiedade

vivendo o dia a dia no trabalho

vitoriosa com a realidade

alma cismando corpo no borralho.

Contente e descontente,eu curto a sina

de ter amor e amor não encontrar

entendo bem que a vida nos ensina

o amor talvez está noutro lugar.

No tempo certo chega - um Cupido

lançando flechas.; coração ferido

se entrega a outro, manso e sem lutar.

Saber da vida com fé e esperança

que o amor existe e assim, na confiança,

um vulto em minha estrada busco amar.





11 – João Justiniano em 13-10-003

11 - Um vulto em minha estrada, busco amar

e ele me entrega o seu amor sincero.

Revérbero do sol no azul do mar?

Não sei! Só sei que vem. Só sei que espero!

E quando me chegar, o vulto amado,

depois de tanta busca e tanta espera,

eu hei de recebê-lo sublimado

como quem vem do céu, da estratosfera!

No meu passado, o amor foi insincero,

e veio dos peraus, do lagamar,

troca-passo de frívolo bolero...

Vindo do céu azul, do verde mar,

que será este vulto que eu espero?

- o vulto é sonho que se esvai no ar...





12 – Célia Lamounier em 15.10.03

12- O vulto é sonho que se esvai no ar

ao acordar voltando num sorriso

perde-se o vulto sem poder amar.

Quero dormir, ter o meu paraíso.

Pois antes sonhar e sofrer vivendo

que sem sonhos sofrer viva porque

o vulto é uma esperança, está crescendo

na imagem que eu revejo de você.

Você, nem sei se existe sobre a terra

Você, sonho de paz e amor sem guerra

Canção azul, raio de sol, meu jade.

Espero por você, em sonhos vulto

Que busco para ver seu rosto oculto

Sonho tão simples de felicidade!





13 – João Justiniano em 16-10-003

13- Sonho tão simples de felicidade...

Felicidade Fada, inatingível,

acima, sempre acima do alto nível

onde a elevamos desde a tenra idade!

Felicidade, sonho vão, mentira

que se busca na vida hora por hora,

e, quando a vislumbramos vai-se embora

sem acendermos sua ardente pira...

Felicidade, elevo a mão, tão perto

como as verdes miragens do deserto

ela foge e se esvai, se desbarata...

Nem sequer a vislumbro, eis que na altura

onde se põe, a imagem desfigura:

o sonho passa.; o corpo, o tempo mata.





14 – Célia Lamounier em 16.10.03

14 - O sonho passa.; o corpo, o tempo mata

E minh’alma, essa desconhecida,

Esvoaça na busca do amor e acata

Um desejo de ser eterna a vida.

Mas não... eterna é a desesperança

Na busca inútil de um imenso amor

O corpo da mulher que foi criança

Já mostra rugas, perdeu seu calor.

Tudo é pequeno neste tempo estranho

E embora assim, em seu real tamanho,

Um ser, em corpo e alma, Deus retrata

O ser é grão, é gota, é criatura...

O tempo passa, conhece amargura

e, tão pequena, a vida segue ingrata.





15-SONETO A UM VULTO (soneto-TEMA da coroa)

Célia Lamounier de Araújo - 1986



É tão pequeno este meu sonho mudo

de ter amor e ser retribuída

meu corpo aceso guarda um grito agudo

minha alma virgem quer ser possuída.

É tão pequena a vida passageira

o homem e a mulher tão separados

amor é ave de arribação, ligeira,

que pousa sempre em galhos desligados.

Abandonada e plena de ansiedade

um vulto em minha estrada busco amar

o vulto é sonho que se esvái no ar.

Sonho tão simples de felicidade!

o sonho passa.; o corpo, o tempo mata

e, tão pequena, a vida segue ingrata.

..........................

celialam@mcnet.inf.br escritor@joaojustiniano.com

http://celialamounier.portalcen.org www.joaojustiniano.com













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