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Cartas-->A voz que fala por dentro VI > O abismo -- 18/01/2003 - 20:23 (DENIS RAFAEL ALBACH) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
VI
O abismo
Por Deus, é preciso que nos conheçamos! Ninguém pode dizer por nós o que precisamos fazer e o que sentimos melhor que nós mesmos. Há dias em que estamos à beira de um ataque de loucura. Acordamos com sensações sufocantes e começa a se mexer um contrito em nossos pensamentos, uma intriga que nos provoca por dentro e nos quer dizer alguma coisa. Aí está o sinal! Vem de dentro a própria resposta, tal como os problemas.
Quando percebemos que alguma coisa já está diferente em nossas ações, talvez coisas negativas dominam as nossas emoções e assim dominam as nossas atitudes. Se percebermos a hora em que chegam os fantasmas que nos oprimem, deveremos recordar todo vazio que ainda não foi preenchido, e este espaço atormentador, em nosso inferno interior, prevalece-se de nossa vida e nos rouba muito tempo precioso e muitas coisas de valor.
A tristeza e o desânimo devem ser os primeiros sinais de que alguma coisa não vai bem ou de que alguma coisa ainda não foi superada. A frustração cerca tudo isso.A frustração cerca todo desejo não realizado. A ânsia de suprir algumas das nossas necessidades, nos leva a acreditar que sempre em breve ou sempre na próxima oportunidade este espaço vai ser preenchido.
Por exemplo, quando idealizamos o par perfeito, a pessoa da nossa vida, ou seja, qualquer alguém que pensamos poder desatar os nós que viemos formando ao longo da vida, logo pensamos que a pessoa do momento é a que vai nos indicar o caminho certo e é a pessoa ideal para nos levar a um lugar seguro, sem ilusão. Mas isso não irá ocorrer. Porque as faíscas de amor que alguém pode nos dar, aquecem por um momento nosso coração, mas quando voltamos para casa descobrimos que o mesmo vazio ainda existe. E não superada essa necessidade, a carência nos leva a um lugar estranho.
“Os dias de carências são os dias que melhor fazemos coisas boas ou onde fazemos nossas mais variadas loucuras. Cremos em nós mesmos que nos perdoamos se fazemos alguma coisa além do padrão nos dias de solidão e devaneio. Não há quem nos condene ou nos julgue sem nos perdoar quando erramos nos dias de nossas carências”.
São nesses dias que formamos nosso precipício. As coisas boas que fazemos ,na verdade são atitudes ilusórias que disfarçam nosso sofrimento. O receio de encarar o vazio é uma forma de não sermos sinceros com nossos sentimentos. O precipício ao nosso redor é o resultado de uma situação de desespero e insegurança. Mas mais do que isso: é um sinal de medo e esperança. Vêm tantas perguntas, tantas indagações,mas nenhuma resposta exata. Há um labirinto em nossa mente, uma rede de confusão. São tantos caminhos, meu Deus, tantas estradas, mas por onde realmente ir? Por onde posso ir? Por onde devo ir? Como estão minhas atitudes hoje? Como estou hoje? Por que estou assim? Como estão meus contatos, meus relacionamentos,minha vida hoje? Qual o resultado de tudo isso? Para onde estou indo? Tantas perguntas e um abismo. O abismo! O meu abismo. O abismo que formei e que outros me ajudaram a formar, mas o principal culpado sou eu; Penso, carrego uma culpa. Mas um sinal de esperança de que não devo morrer ali, ainda me capacitada a crer que alguma coisa pode ser melhor. É verdade,temos um precipício, mas ainda não nos jogamos nele nem nos jogaríamos porque dentro de cada um existe uma resposta, uma luz que avisa que algo ainda pode ser melhor. A gente pode ser melhor. Nosso vazio pode ser extinto. Podemos conhecer nosso amor próprio. Algo por dentro nos toca mesmo que alguém não nos toque. Aí percebemos que a única pessoa que pode sarar nossa ferida está dentro de nós. Se você não curar seu vazio,ninguém vai fazê-lo.

Leia na sequência:

A voz que fala por dentro VII - A carência
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